Desafio cumprido
De SP à Parintins de bicicleta, torcedor do Caprichoso cumpre desafio
Engenheiro saiu em fevereiro de São Paulo e chegou em Parintins nesta quinta-feira (9)

Manaus - A pandemia e todos os outros acontecimentos envolvendo 2020 não pararam o paulistano e engenheiro civil Diego Eduardo, de 34 anos. Ele cumpriu o desafio de viajar pedalando de São Paulo para Parintins, no Amazonas. Eduardo chegou nesta quinta-feira (9) na "ilha da magia" e contou sobre a experiência de chegar na cidade dos bumbás.

Ele percorreu mais de 7 mil quilômetros de bicicleta para cumprir a promessa de que iria assistir o Festival Folclórico de Parintins. Embora não tenha acontecido a tradicional festa da ilha, o torcedor do Caprichoso contou nas redes sociais a alegria de ter cumprido o desafio pessoal.
"A felicidade não cabe no meu peito", afirmou.
Antes de chegar em Parintins, Eduardo passou por Manaus e foi homenageado pelo seu aniversário no Bar do Lourinho;
Ao chegar na ilha, o ciclista visitou o curral do Caprichoso e andou de triciclo - transporte comum na ilha e que faz a alegria dos visitantes. Ele também visitou a Arena do Bumbódromo, palco da disputa acirrada do Caprichoso e o boi contrário. A visita foi conduzida pelos diretores do Centro Cultural Liceu Claudio Santoro.

"Obrigado pelo convite. Gratidão em poder desfrutar e conhecer essa cultura riquíssima e também o trabalho feito para as crianças com a escola de música e artes. Me sinto privilegiado", disse Eduardo.
No Bumbódromo, contou emocionado como foi visitar o Cineclube Odinéia Andrade. O espaço cultural traz referências à mulher considerada a "mãe do Caprichoso".
"Senhora Odinéia Andrade. Queria muito lhe dar um abraço. Já que não posso nesse momento por conta das medidas de segurança, aqui vai minha singela homenagem à senhora, que é ícone da nação azul e branca. Sinônimo de sabedoria e respeitada pelo caráter especial e mulher maravilhosa que é. Obrigada pelo carinho que sempre teve comigo. Sou teu fã", escreveu Eduardo.

Paixão pelo Boi Caprichoso
Há 14 anos Diego Eduardo é apaixonado pela cultura amazonense. O duelo de bois, duas cores e torcidas apaixonadas encantam o paulistano - que decidiu romper a barreira da distância e ver o Boi Caprichoso evoluir no festival.
“Desde a minha adolescência eu me encantava. A cada ano assistia e aprendi muito sobre o festival. Conheço os 21 itens divididos em três grupos de sete. Sei sobre a parte musical, as coreografias e sobre as alegorias. Fico encantado com o que acontece nessa cidade”, disse emocionado.

Mesmo sendo de outra região do Brasil, o engenheiro acompanhava pela televisão a transmissão das noites do espetáculo na selva. O maior objetivo de vida do torcedor é vivenciar o momento mágico na ilha.
“Eu fico ansioso no final de junho para acompanhar o festival e ver pela televisão. Um dia eu falei para mim mesmo que realizaria esse sonho de conhecer o festival pessoalmente, vivenciar ali, perto dos bois”, relembra.
O engenheiro fez preparações para a viagem desde fevereiro, tanto na área física, quanto mental. Ele foi apoiado nas redes sociais pela iniciativa corajosa. Ao postar diariamente os lugares percorridos, trazia o balanço das dificuldades encontradas no percurso.
"É a realização do sonho desse torcedor azulado aqui", disse em tom de agradecimento aos apoiadores.
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