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Queda do dólar

Queda consecutiva do dólar não era alcançada desde 2020

A estimativa de inflação para este ano também foi elevada, contribuindo diretamente com as mudanças no mercado.

A cotação chegou a cair para R$ 5,18 várias vezes ao longo do dia (Foto: REUTERS/Marcos Brindicci)

A semana do mercado financeiro foi marcada por um novo recorde na bolsa de valores, isto porque a disparada no preço das commodities e os altos juros no Brasil continuaram a empurrar para baixo o valor do dólar no país. Em um dia de forte queda no país, a moeda norte-americana fechou a quarta-feira (23/3) em R$ 4,84, menor valor histórico registrado desde março de 2020.

Com a resistência da bolsa de valores às pressões externas e recuo de R$ 0,071 (-1,84%), ainda na quarta-feira, a cotação esteve próxima de estabilidade, mas despencou com a abertura do mercado norte-americano e fechou próxima da mínima do dia.

Vale ressaltar, que com o desempenho desta quarta (23), a moeda norte-americana acumula queda de 6,04% em março e de 13,12% no acumulado apenas em 2022.

Inflação

A estimativa de inflação para este ano também foi elevada, contribuindo diretamente com as mudanças no mercado.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, foi elevado pelo Banco Central de 4,7%, para 7,1%. Com isso, o BC admitiu que a meta de inflação deve ser superada pelo segundo ano seguido em 2022.

“Temos uma série de fatores que influenciam na queda da valorização da moeda americana, como a combinação da taxa Selic, as commodities em alta, a bolsa brasileira barata e a saída de investimentos da Rússia para outros mercados emergentes, e tudo isso ajuda a explicar como o dólar está sendo negociado abaixo dos R$ 5 depois de dois anos mantendo essa média”, explicou líder regional da XP Investimentos no Amazonas, Djan Amorim.

Em relatório, a XP Investimentos ressalta que o Ibovespa vem se beneficiando tanto dessa alta de commodities quanto da rotação global de empresas de crescimento para empresas de valor.

“Dessa forma, a Bolsa Brasileira torna-se mais atrativa com a entrada de fluxo estrangeiro ao país e o Real se firma como a moeda com melhor desempenho global”, reforça Djan em conjunto aos especialistas nacionais.

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