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Doenças

Nistagmo: oftalmologista do AM explica condição que reduz a visão

Para o especialista, o nistagmo não constitui uma doença em si mesmo

A notícia de que o rapper Apl.de.ap (Allan Pineda Lindo), da banda Black Eyed Peas, é cego por conta do nistagmo, viralizou nas redes sociais, em maio de 2022.

Mesmo não sendo uma novidade de que o músico possuía um grave problema na visão, o assunto despertou interesse e os internautas começaram a buscar nas redes o que era esse nistagmo.

O oftalmologista e oftalmogeriatra amazonense Swammy Mitozo, explica que o nistagmo é uma condição oftalmológica, que segundo a Academia Americana de Oftalmologia, causa movimento rítmico, rápido, repetido e involuntário nos olhos.

“Essa instabilidade pode embaralhar não só a visão, mas também atrapalhar o equilíbrio, a coordenação motora e a percepção de profundidade”, explicou o Swammy.

Para o especialista, o nistagmo não constitui uma doença em si mesmo. Ele pode ser reflexo de outras doenças que podem causar baixa visão e cegueira.

Causas

Segundo o oftalmologista, as causas e sua gravidade da condição estão associadas ao surgimento da doença, que é classificada como congênita ou adquirida.

Ainda segundo Swammy, nos casos congênitos, se destacam a catarata congênita, hipoplasia do nervo óptico, albinismo e erro refrativo grave. Essas condições causam deficiência visual moderada a grave em ambos os olhos desde o nascimento.

Nos casos adquiridos, de acordo com o médico, podem ter muitas razões: desde miopia e astigmatismo elevados a anormalidades cerebrais, efeitos colaterais de medicamentos, câncer, distúrbios genéticos e metabólicos, entre outros.

Pessoas com nistagmo geralmente sentem:

Sensibilidade à luz;
Tonturas;
Redução da acuidade visual;
Dificuldade para enxergar em ambientes escuros;
Dificuldade para percepção de profundidade e coordenação motora.

“O nistagmo tem cura, dependendo do tipo da condição e do que a causou”, disse o oftalmologista.

Conforme Swammy, o tratamento está associado à causa que o provoca. “Ainda não se conhece uma forma de tratamento capaz de corrigir ou curar o nistagmo congênito infantil. Entretanto existem recursos que tornam viável aliviar o incômodo.”, ressaltou o especialista.

*Médico oftalmologista. Tem formação em Oftalmogeriatria, com especialização em Gerontologia e Saúde do Idoso. Atua como diretor geral na Policlínica Codajás, é coordenador do ambulatório de oftalmologia na FUnATI (Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade ) e cursa mestrado em Doenças Tropicais e Infecciosas pela Fundação de Medicina Tropical (UEA/FMT – HVD).

*com informações da assessoria

Edição Web: Bruna Oliveira

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