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Arte Suave

Norte Brasileiro de Jiu-Jitsu e BJJ Stars 9 levam mais amazonenses ao pódio

Somos reconhecidamente uma das cidades que mais revela campeões nesta modalidade há algum tempo

Manaus (AM)- O Campeonato Norte Brasileiro de Jiu-Jitsu, realizado em 21 de outubro, na Arena Amadeu Teixeira, voltou a mostrar atletas com excelente nível técnico, principalmente os mais jovens. A competição aconteceu em Manaus.

Uma história, no entanto, chamou a atenção. Senhora Alcione, que mora em Iranduba, treina de 6h às 8h, às segundas, quartas e sextas na academia White House, em Manaus. Ela fez sua estreia em campeonatos, mas por não ter adversárias para ela na categoria Master 3, faixa branca, decidiu lutar de adulto e foi campeã, mostrando que o Jiu-Jitsu é para todas as idades.

Apesar do atraso gigante para o início do evento, devido à falta de energia no ginásio, o evento foi realizado todo no sábado, para todas as categorias Gi e No-Gi. A academia campeã foi a GF Team, seguida das equipes Nova União e Nabil, que ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. A equipe Lucivam Araújo ficou na quarta colocação e a White House, em quinto lugar geral.

BJJ Stars em São Paulo

No mesmo dia, em São Paulo, aconteceu a nona edição do BJJ Stars. Tivemos seis amazonenses entre todas as estrelas mundiais do card, em um evento impecável, lutas muito bem casadas e um GP com o prêmio de 100 mil reais. Nosso esquadrão amazonense, sem exceção, fez lutas dignas do tamanho deste evento.

A luta entre Samuel Nagai (Checkmat) e Fabrício Andrey (Figth Sports) No-Gi foi muito empolgante e decidida em detalhes. Os dois atletas sabem entregar tudo no tatame. Parabéns Samuel ‘Samurai’ Nagai por sua vitória e coragem de pegar uma luta desta envergadura, com apenas dois meses para se preparar.

Queremos ver mais Fabrício ‘Hokage’ e ‘Samurai’ Nagai! O mundo da luta aguarda para ver o show que promovem.

No GP, tínhamos três amazonenses: Matheus Gabriel, Meyram Maquiné e Luiz Paulo. Enquanto Meyran Maquine (Dream Art) fez a primeira luta contra Pedro Maia (Templum JJ), Luiz Paulo (Figth Sports) fez a primeira luta contra Pablo Lavaselli (Art of Jiu-Jitsu).

Tivemos em uma semifinal, Luis Paulo e Meyram Maquiné. Os dois fizeram uma luta tensa, a maior arte do tempo trocaram tentativas de queda, onde Meyram, em um contragolpe, conseguiu uma vantagem, que o deu a vitória neste confronto. Do outro lado da chave, Matheus Gabriel fez a sua primeira luta contra ‘Tarta’ (Guigo), vencendo por finalização (Arm lock). Na semifinal, Matheus lutou contra Israel Almeida (GF Team), vencendo por pontos.

A grande final do GP foi entre Matheus Gabriel e Meyran Maquine. Ambos começaram a treinar a modalidade com o professor Alcenor Alves, ainda crianças, no bairro do São José Operário, Zona Leste de Manaus. Mas como diz o ditado, “amigos, amigos, negócios à parte”. Em definitivo, são profissionais e, valendo R$ 100 mil, fizeram uma luta bastante acirrada e muito técnica. A vitória ficou com Matheus Gabriel, que faturou o belo prêmio do GP.

Tivemos ainda o confronto de Micael Galvão x Isaque Bahiense. Foi um verdadeira batalha, como esperávamos, mas ficou um pouco amargo com a derrota de Mica, por uma pontuação negativa que está dando muito o que falar. O dono do ADCC declarou, em suas redes sociais, que a pontuação negativa não deveria ter sido aplicada e, inclusive, anunciou que em 2023 irá enviar alguns árbitros do evento para realizar treinamentos no Brasil, disseminando para o máximo de árbitros brasileiros as regras do ADCC.

Resta dúvidas de que o Jiu-Jitsu é o esporte do Amazonas?

Com tudo dito anteriormente, vemos uma crescente de atletas com o sonho de competirem, pedindo nos sinais da nossa capital. É possível ver atletas em pontos específicos da cidade vendendo trufas, bombons e água mineral – ou, simplesmente, pedindo doação mesmo. Somos reconhecidamente uma das cidades que mais revela campeões nesta modalidade há algum tempo.

Falta de patrocínio

Seria de grande valor uma avaliação por parte dos empresários, e também das devidas esferas públicas, a criação de mecanismos de forma a potencializar esses talentos e evitar, inclusive, a contínua evasão de atletas, que cronicamente sofremos em todos esses anos. Na primeira oportunidade que têm, eles vão embora para outros estados ou até mesmo para outros países, em busca de melhores condições de treino e de vida. Consideramos, ainda, que lugar de criança é na escola e fazendo esporte, longe das más influências, e não pedindo dinheiro na rua.

Seguimos na torcida por nosso Amazonas e reiteramos o pedido de que nos mandem os resultados para divulgarmos.

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