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Dados

Expectativa de vida no Brasil sobe para 77 anos, aponta IBGE

Para a população masculina, a esperança de vida ao nascer seria de 73,6 anos, e, para as mulheres, de 80,5 anos

Número representa um acréscimo de exatos 2 meses e 26 dias em relação a valor estimado para 2020 Foto: Divulgação

A expectativa de vida ao nascer do brasileiro em 2021 era de 77 anos, de acordo com informações da Tábua de Mortalidade, apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (25).

O número representa um acréscimo de exatos 2 meses e 26 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2020 (76,8 anos). Para a população masculina, a esperança de vida ao nascer seria de 73,6 anos, e, para as mulheres, de 80,5 anos, em 2021.

Ao detalhar o número, o IBGE disse em comunicado que, assim como ocorreu com o dado referente a 2020, a alta em expectativa de vida ao nascer no Brasil não leva em conta impacto da pandemia de covid-19. “Assim como ocorreu na divulgação anterior das Tábuas Completas de Mortalidade, ocorrida no ano passado, os dados publicados hoje (25/11/2022) pelo IBGE representam os indicadores de mortalidade do país, na ausência da pandemia de Covid-19″, ressaltou o IBGE, em nota oficial.

Na publicação sobre as Tábuas Completas de Mortalidade do IBGE, os técnicos do instituto explicam que os resultados do levantamento são originados de projeção da mortalidade do Brasil efetuada a partir de dados censitários de 2010. Esse é o Censo mais atualizado do país, visto que a coleta de dados de Censo Demográfico 2022 ainda está em campo.

No entendimento dos pesquisadores do instituto, para que os efeitos observados da pandemia de covid-19 estejam refletidos nas Tábuas de Mortalidade, é necessária alteração metodológica com relação à forma como o IBGE vem calculando suas Tábuas.

“A alteração requer que, além de se considerarem os óbitos observados e ajustados pelo sub-registro no numerador das Taxas Centrais de Mortalidade por idade (ponto inicial de cálculo das várias funções da Tábua de Mortalidade), que se disponha de uma estimativa da População também resultante dos óbitos observados no denominador, de forma a haver compatibilidade entre os dados utilizados nos cálculos”,

explicaram os pesquisadores. Ou seja, na prática, são precisos dados atualizados do Censo para números precisos nesse campo.

“Um novo conjunto de Tábuas de Mortalidade projetadas por idade quinquenal será elaborado após a publicação dos resultados do Censo Demográfico 2022, quando este Instituto terá uma população mais precisa exposta ao risco de falecer, bem como os óbitos observados na última década”, acrescentaram os técnicos.

O IBGE divulga, anualmente, as Tábuas Completas de Mortalidade para o total da população brasileira, com data de referência em 1º de julho do ano anterior, em cumprimento à legislação, conforme o Decreto Presidencial / 1999. As informações sobre a expectativa de vida do brasileiro são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

“A crise sanitária provocada pela covid-19 elevou os óbitos em 2020 e 2021; no entanto, é muito pouco provável que a elevação nos óbitos se mantenha nos anos seguintes. Espera-se que, com o controle da pandemia, o nível da mortalidade retorne ao patamar pré-crise, continuando a trajetória de decrescimento observada nas últimas décadas. Nesse sentido, no longo prazo, a mortalidade brasileira deverá ser analisada por meio de Tábuas de Mortalidade projetadas, as quais também serão utilizadas para o cálculo das Projeções da População, elaboradas para pavimentarem o planejamento de políticas públicas de médio e de longo prazos”,

afirmou o instituto.

*Com informações do Valor Econômico e Estadão

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