Educação
Festival escolar exalta cultura negra no Amazonas
O festival tem como objetivo evidenciar a herança deixada pelos negros após a abolição da escravidão no Amazonas, no dia 10 de julho de 1884
Manaus - O Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, localizado na avenida Brasil, zona oeste de Manaus, vai receber a terceira edição do festival cultural Por Dentro da Abolição da Escravidão no Amazonas, promovido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM).
O evento acontecerá nos dias 18 e 19 de julho, a partir das 8h, e contará com apresentações artísticas de pelo menos mil alunos da rede estadual de ensino.
Criado em 2017, o festival tem como objetivo evidenciar a herança deixada pelos negros após a abolição da escravidão no Amazonas, no dia 10 de julho de 1884. Ao todo, 77 performances compõem a programação do evento, distribuídas em cinco categorias: poesia, música, dança, teatro e mostra de cartazes.
Durante este mês, aconteceram seletivas com alunos da rede estadual para compor a programação do festival Por Dentro da Abolição da Escravidão no Amazonas. A última delas acontece nesta terça-feira (09), a partir das 14h, no Centro Cultural Aníbal Beça, localizado na avenida Autaz Mirim, bairro Amazonino Mendes. A seletiva é destinada a estudantes dos ensinos Fundamental (1 e 2) e Médio.
Ao final das apresentações, um júri formado por profissionais da Seduc-AM e convidados escolherá três vencedores de cada grupo. Os estudantes selecionados receberão troféus, medalhas e certificados de participação no Por Dentro da Abolição da Escravidão no Amazonas.
De acordo com o assessor pedagógico e professor da Seduc-AM, Ciro Braga Dantas, o festival é de extrema importância nos campos pedagógico e social porque trabalha temas referentes à diversidade étnica. “Principalmente, [temas] relacionados à população negra no estado. Há uma grande invisibilidade e negação da existência dela no Amazonas, ainda”, completou Ciro.
O festival Por Dentro da Abolição da Escravidão no Amazonas funciona, ainda, como um resgate da História do Estado: “Absorvemos tanto a história das regiões Sul e Sudeste que nos esquecemos de pesquisar a nossa. É necessário que a população saiba que, sim, nós fazemos parte da história do nosso país”.
Ele reforça que, por conta do nome, o evento acaba instigando as pessoas a pesquisarem sobre a narrativa do Amazonas. “Ao ‘ancorarmos’ na abolição, prendemos a atenção do público a essa época específica, o que faz com que a população volte a pesquisar, o que é muito bom”, finalizou.
*Com informações da assessoria
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