Desocupação
Promessa de urbanização do Monte Horebe é cobrada por famílias
A invasão existe há seis anos na Zona Norte de Manaus

Manaus – Durante a desocupação da invasão Monte Horebe, que acontece desde as primeiras horas desta segunda-feira (2), na Zona Norte de Manaus, as famílias comentaram que uma possível promessa de urbanização da invasão foi descumprida pelos órgãos do município e que por isso os moradores não deixaram o local após o aviso da desocupação por parte do Governo do Amazonas.

O plano de desocupação foi anunciado na última sexta-feira (28) em coletiva de imprensa convocada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP), com a coordenação do vice-governador, Carlos Almeida.

“Vieram aqui e disseram que iriam urbanizar o Monte Horebe e não o fizeram, foi só promessa. Não é justo os moradores saírem. Eu estou sendo proibida de entrar para retirar as minhas coisas. Vieram na covardia, disseram que fariam cadastro e não foi feito. Eles acham que todos que moram aqui são traficantes, não estamos brincando de polícia e ladrão aqui. É uma covardia”, afirmou Kátia.
Outra reclamação feita por moradores é sobre o impedimento de voltar para as casas para retirar os pertences e o uso de violência com armas de choque e spray de pimenta.
Segundo eles, a polícia está agindo com violência. “Quebraram todas as casas ali da entrada. Estão usando arma de choque e jogando pimenta na gente. Não pode fazer isso. Ainda tem muitos moradores lá dentro e também crianças”, relatou um dos moradores.
Policias da Força Tática estão exigindo o comprovante de residência para liberar o acesso aos moradores do Condomínio Viver Melhor, localizado nas proximidades da invasão.

Entre os órgãos envolvidos estão: Seas, Sejusc, UGPE, Casa Civil, Sema, Ipaam, Suhab, SSP, Polícia Militar, Polícia Civil, Defensoria Pública do Estado (DPE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) e Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).
Assista à reportagem de Kennedson Paz e Rogério Barros no local: