2020
Apesar da pandemia, 2020 não foi o pior ano da história
Com as constantes notícias sobre Covid-19, brutalidades policiais, protestos, teorias da conspiração e política, anos anteriores houve situações ainda piores

Manaus-
Nos últimos meses, piadas e memes têm tomado conta das mídias sociais sobre
2020 ter sido o pior ano no mundo inteiro. Não é para menos, com a pandemia, a crise
econômica e violências, as especulações giram em torno deste ano, mas a
humanidade já teve momentos bem piores comparados a 2020. Veja na matéria do EM TEMPO!
Sem sol, plantas morrendo e a família doente

Imagine um ano sem sol, sua família adoecendo e sofrendo com o frio e plantas morrendo, tudo isso sem entender o que está acontecendo. Em 2018, o historiador medievalista Michael McCormick, da Universidade de Harvard, classificou o período de 356 d.C como o pior já registrado pela história.
Naquele ano partes da Ásia e da Europa, incluindo o Oriente Médio, ficou inteiramente na escuridão. As tempestades reduzidas em mais de 1.5 graus Celsius a temperatura global. Foi um dos momentos mais frios dos últimos milênios.
Níveis de desemprego não superaram a “Grande Depressão”

Apesar das consequências econômicas da pandemia, os níveis de desemprego não alcançaram o da Grande Depressão em 1929 a 1933. Neste mesmo ano na Alemanha, o cenário ficou ainda pior, com a chega de Adolph Hitler ao poder.
Violência policial não é novidade

Após a morte de George Floyd nos Estados Unidos e o caso de João Pedro no Brasil, os episódios e crimes de racismos ganharam maior visibilidade nos noticiários.

Em 1992, a absolvição de policiais brancos pelo espancamento do motorista negro Rodney King provocou revolta entre a população de Los Angeles. Foram cometidos saques, incêndios e pelo menos 54 mortes e US$ 1 bilhão em danos à cidade, chegando ao estado de emergência.
Tempestades de fogo

Em 2020, quase 3 bilhões de animais foram mortos ou ficaram desabrigados por causa de incêndios florestais. Porém, em setembro de 1923, mais de 140 mil mortes foram registradas em Tóquio e Yokohama, no Japão, com terremotos e enormes tempestades de fogo.
Pandemia da Covid-19 não superou Peste Negra

O coronavírus já infectou diversas pessoas no mundo inteiro, são mais de 1,8 milhões em todo mundo, conforme informações da Universidade Johns Hopkins. Ainda assim, não está perto do que causou a Peste negra em 1346. A doença matou mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Em 1520, expedições espanholas e portuguesas trouxeram a varíola para as Américas, exterminando quase 90% dos habitantes da região.
O vírus HIV, causador da Aids, já matou mais de 32 milhões de pessoas desde o início da epidemia na década de 1980.
Explosão matou cerca de 3,5 mil pessoas
Em agosto de 2020 teve a grande explosão em Beirute, com a detonação acidental de aproximadamente 2,75 toneladas de nitrato de amônio armazenado incorretamente, causando a morte de 190 pessoas, com mais de 6 mil feridos.
Já em dezembro de 1984, milhares de pessoas na cidade indiana de Bhopal foram mortas devido a um vazamento de uma fábrica de produtos químicos, considerada um dos piores desastres industriais.
As boas notícias de 2020
Apesar do distanciamento social e o pânico gerado pela pandemia da Covid-19, 2020 teve alguns momentos bons para tentar esquecer o ano difícil.
Com dificuldades em todas as áreas, também houve tentativas de boas notícias, brasileiros viram a força de sua ciência e do Sistema Único de Saúde, ações solidárias multiplicaram em favelas, aldeias indígenas e hospitais, decisões históricas como a doação de sangue por gays e bissexuais que foi conquistada.

Em um ano que a luta antirracista ganhou maior visibilidade no mundo e no Brasil, jovens se dedicaram a reconstruir a memória de mulheres negras que tiveram suas histórias apagadas no Brasil. O livro ‘Narrativas negras’ traz a biografia de 41 nomes femininos desde a luta contra escravidão.
No início de setembro, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou que mulheres e homens vão receber as mesmas cotas de diárias e premiações enquanto fizerem parte da seleção brasileira.
No campo político, o Brasil viu avançarem candidaturas que representam a diversidade. O país bateu recorde de candidaturas trans no ano de 2020. Foram mais de 270 candidaturas de pessoas trans confirmadas, mais que o triplo de 2016, quando 89 pessoas trans concorreram.
Por último, mas não menos importante no início de dezembro, no dia 8, a britânica Margaret Keenan, de 90 anos, foi a primeira pessoa do mundo a ser imunizada contra o novo coronavírus com a vacina da Pfizer-BioNTech testada e aprovada.
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