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BRIGA ENTRE FACÇÕES

Rebelião em presídio do Equador deixa ao menos 116 mortos

Pelo menos seis dos mortos foram decapitados, em cenas que lembram as registradas na rebelião de presídios de Manaus em janeiro de 2017

A disputa entre facções criminosas no Equador ganhou nesta semana o capítulo mais sangrento neste ano. Um motim, que começou na terça-feira (28) em um presídio em Guayaquil, deixou ao menos 116 mortos e mais de 80 pessoas feridas, segundo o presidente Guillermo Lasso confirmou nesta quarta (29).

A rebelião aconteceu no complexo da Penitenciária do Litoral de Guayaquil, no sudoeste do país. De acordo com o Ministério Público do Equador, os confrontos se dão entre membros de diferentes cartéis na disputa pelo controle do presídio e houve registro de tiroteios.

Os detentos também reagiram à iniciativa do governo de transferir os chefes das organizações criminosas para outras penitenciárias na região central do país, informou o órgão.

Pelo menos seis dos mortos foram decapitados, em cenas que lembram as registradas nas rebeliões em presídios do Norte e do Nordeste do Brasil em janeiro de 2017. Na ocasião, as disputas de facções criminosas pelo controle das rotas de tráfico no país deixaram centenas de mortos em penitenciárias.

Na maior cidade do Equador, a polícia entrou na terça-feira com mais de 400 agentes no presídio e encontrou nas celas um fuzil, uma pistola, facas e machados usados na rebelião, além de celulares e drogas, de acordo com a promotoria. Segundo o chefe da polícia, Fausto Buenaño, os criminosos também portavam granadas.

Ele afirmou à imprensa local que os detentos cavaram um buraco para acessar outra ala do presídio, onde atacaram membros de gangues rivais. A polícia conseguiu resgatar seis cozinheiros que ficaram presos durante o motim.

Mesmo depois que a polícia retomou o controle do local, novos tiroteios e explosões foram registradas no presídio na noite de terça.

“Estamos entrando nos pavilhões do conflito e descobrindo mais cadáveres”, disse o diretor do Snai (órgão responsável pelo sistema carcerário do país), Bolívar Garzón, em entrevista a uma rádio local nesta quarta-feira.

*Com informações da Folha de São Paulo

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