Talentos da terra
Longe da mídia, artistas amazonenses que você precisa conhecer agora
Conheça artistas que fazem parte da cultura local e esbanjam talento em produção

Manaus - Não é de hoje que o Amazonas apresenta artistas extremamente talentosos, de diferentes estilos e gerações. Por toda a parte é possível encontrar artistas que produzem com qualidade. E em algumas situações o talento local não é reconhecido.
Todo ano, uma nova geração aparece para nos lembrar que a nossa música, dança e artes plásticas é uma das melhores do mundo. Pensando nisso, o Em Tempo listou seis artistas que você precisa conhecer agora.
Cantora Karen Francis, 19
Karen Francis,19 é amazonense, nasceu em Maués, mas passou pouco tempo na cidade e logo foi com a família para o município de Nova Olinda do Norte, 130 km distante da capital.

A mistura musical começa com o pai brasileiro e mãe de Moçambique. Karen começou a cantar com quatro anos de idade e já se apresentava para o público e aos oito anos cantava com o pai na igreja.
Karen conta que o talento seguiu naturalmente, principalmente pela influência musical que tinha dentro de casa. "Nunca parei e pensei 'vou ser cantora' partiu muito da minha vivência. A música sempre fez parte da minha vida", relembra.
A artista e a família vieram para Manaus no ano de 2016 e o caminho pela música foi desenhado de forma natural. Hoje é a principal fonte de renda da artista, que trabalha com produções autorais e como cover. Além disso, a artista dá aulas de canto.

"Sempre tive vontade de fazer parte da produção cultural e educação musical em todas as vertentes artísticas.Tenho como ideal trabalhar com produção cultural, é o que mais quero hoje fazer", ressalta.
O estilo musical favorito de Karen Francis é música popular brasileira (MPB). O trabalho gravado é POP com a mistura de outros gêneros musicais. A musicalidade negra é marcante na voz e letra da cantora e compositora.
Dançarina Cinthya Simukaua, 21
Cinthya Simukaua, 21, começou a dançar com 12 anos. Ela participou de um projeto na Escola Municipal Antônio Matias Fernandes, chamado Encantart. A bailarina acompanhava a amiga em alguns ensaios e se encantou com a dança.

Cinthya pediu para entrar no grupo e participou por mais de cinco anos. Durante a participação, a dona do Centro de movimento- Step, Mary Elen Carvalho, fez o convite para a artista participar da amostra anual e a bailarina logo aceitou.
"Eu comecei a participar de eventos da academia e ficar completamente apaixonada pela dança, que antes não tinha muitos atrativos para mim. Um ano depois fui chamada para participar da companhia de dança dessa academia e até hoje estou dançando diversas modalidades como jazz, ballet clássico, contemporâneo, urbana, brasileiras, salão e muitas outras", conta.

Cinthya é bailarina premiada em vários festivais de dança na cidade e no interior. Esses são alguns dos concursos vencidos pela artista:
Mostra de dança de Manaus (MODAMA)- Campeã 2012,2013,2014,2015
Festival universitário de dança da Ufam (FEUDAN)- 2014-2015
· 1º Lugar na categoria juvenil II- moderno e contemporâneo- conjunto
· 1º Lugar na categoria avançado-moderno e contemporâneo- conjunto
· 1º Lugar na categoria adulto- jazz
· 1º Lugar na categoria adulto- danças populares- conjunto
Festival Internacional de dança de Manaus
· 3º Lugar-moderno e contemporâneo- conjunto
Artistas plástico Marcos Afonso
Marcos Afonso, homem apaixonado pelo Rio Negro relata que começou a produzir nas artes plásticas porque queria deixar algo para os filhos e os netos.

Na casa simples e bem decorada guarda o ateliê com telas prontas e desenhos para finalizar. O zelo e as coisas arrumadas em seu devido lugar é a marca do artista. Marcos traz o gosto pela pintura com desenhos vivos e cores chamativas.

São mais de 40 anos expondo e criando arte. Marcos já expôs o trabalho em diversas galerias e amostras de arte na cidade de Manaus. O artista, na maioria de suas obras, retrata as lendas amazônicas, o dia-a-dia do homem caboclo e a região norte como sua grande fonte de inspiração.

Escritores Danna Dantas, 24 e Zedu, 26
Danna Dantas, 24 e Luiz Eduardo (Zedu), 26 são os criadores do projeto Urban Cookie com produção de textos e ilustrações. Os artistas iniciaram em abril de 2018 com exposição dos materiais em espaços voltados para as artes e em perfis de redes sociais.
A ideia do projeto é que sejam histórias curtas sobre personagens anônimos que moram na mesma cidade anônima e imaginária. Os textos e ilustrações são pensados em um contexto urbano, trazendo temáticas que são comuns, como solidão, medo, amadurecimento, etc.

“O Urban Cookie é uma parte pequena da vida urbana, a gente tenta retratar de um jeito bonito pra lembrar que o comum também pode ser incrível”, ressalta a artista.
Zedu brinca ao contar que decidiu fazer ilustrações desde que assistiu o filme Titanic, pois sua arte é focada em pessoas e comportamentos reais do dia a dia.
Redes sociais: @zedu.art/ @mundanna/ @urbcookie
Designer Larissa Mendes
Larissa Mendes,19 decidiu fazer design gráfico quando a vontade de cursar moda se desfez ao se deparar com a desvalorização da profissão no Amazonas e o preço alto do curso. Hoje, Larissa aperfeiçoou a técnica lettering, o chamado desenho de letras.
A artista atualmente dá aulas em uma escola de artes que abriu junto com as amigas, chamada A Godê. Larissa faz ilustrações e colagem manual. "Costumo dizer que a arte é minha dona e ela que me controla. Quando ela quer ser expressada, sai do jeito que quer, seja em forma de lettering, colagem, poesia, ilustração, etc.”

Redes sociais:@la.risca
Artista plástica Laíssa Santos
Laíssa Santos,19 é estudante de ciências biológicas, mas revela que a arte sempre foi a sua paixão desde criança. O trabalho desenvolvido por Laíssa é o desenho, a pintura e colagem. Faz pouco tempo que a artista passou a expor o seu trabalho, porque não conhecia espaços que promovessem a interação entre os artistas e o público.
“Apesar de desenhar desde que me entendo por gente, nunca fui de expor ou trabalhar de fato nisso, pois não via muito espaço para os artistas em Manaus, embora a cena artística do norte seja muito plural e rica", declara.

O estilo de Laíssa não é definido por ela mesma, mas busca ilustrar pensamentos, sentimentos e sonhos. “Sempre defino minha arte como uma 'baguncinha' por não gostar de me prender em um estilo específico, estar sempre experimentando coisas novas e descobrindo novas formas de ilustrar o que penso", conta.
Redes sociais: @instagram.com/passarinhk
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