Música
Entrevista: Rodrigo Suricato fala sobre novo disco, "Na Mão as Flores"
Cantor, compositor e multi-instrumentista carioca lança o álbum “Na Mão as Flores”, com proposta one man band
Manaus - Rodrigo Suricato, cantor, compositor e multi-instrumentista carioca, atual voz do Barão Vermelho lançou, em julho deste ano, o seu novo álbum, “Na Mão as Flores”. O grande diferencial da obra é que o álbum é todo composto, arranjado, tocado, interpretado e produzido por Suricato, um verdadeiro one man band (banda de um homem só). O disco reúne 11 canções que envolvem suas percepções sobre si e o mundo ao seu redor.

Confira a entrevista do cantor ao Portal EM TEMPO:
EM TEMPO: Por que gravar sozinho todos os instrumentos no disco?
RODRIGO SURICATO: Não é um disco sobre instrumentos. Trabalhei muito com banda e outros músicos ao longo dos anos e tive muita curiosidade de como seria o SURICATO in natura, uma vez que componho, escrevo, produzo e toco diversos instrumentos. Tem a ver com meu processo de busca pessoal e desenvolvimento do formato one man band. Tive ajuda importantíssima do Marco Vasconcelos, também produtor do disco que também tocou em várias faixas e me ajudou na condução da minha visão artística.
EM TEMPO: Como é essa performance one man band ao vivo?
R. S: É um show onde minha multiplicidade é contada durante pouco mais de uma hora. Tem poesia, intimismo, virtuose e uma abordagem bem moderna para esse formato inspirado nos músicos de rua. Toco minhas principais canções e interpretações inusitadas que chamo de Suricateando. É diferente de tudo que já fiz e me arrisco a dizer talvez único no Brasil.
EM TEMPO: O que te inspirou a escrever este novo álbum?
R. S: Componho sobre o poder enorme do indivíduo e o seu empoderamento fundamental para a melhora do coletivo. Melhores indivíduos constroem melhores sociedades.
EM TEMPO: Quanto tempo demorou para concluir o álbum inteiro?
R. S: Uma vida inteira para compor e dois anos gravando.
EM TEMPO: Ficaram música de fora do álbum? Se sim, pretende usá-las em outro momento?
R. S: 20 canções e continuo compondo. Lançarei gradativamente.
EM TEMPO: Este é um disco autobiográfico ou é fruto de uma observação do cotidiano?
R. S: Os dois. Um olhar absolutamente pessoal sobre o que observo em mim e no mundo.
EM TEMPO: Tem previsão de apresentar o novo projeto em Manaus?
R. S: Urgentemente. Não conheço Manaus e me alegraria muito levar esse show para cidade.
EM TEMPO: Neste momento tão complicado que estamos vivendo com relação à Amazônia, tem algum recado para o povo manauara, que sofre com esta questão?
R. S: É uma questão de décadas. Com a internet, hoje mais democrática, é vital que os manauaras exponham o que de fato acontece para que todos possam ajudar de alguma forma. Sem hype. São muitas especulações e informações distorcidas. Como é, de fato, esse cotidiano para vocês, diretamente impactados pelas atrocidades? Estamos juntos nessa.