Dança
Coreógrafo amazonense leva boi-bumbá para o Brasil
O amazonense Wilson Júnior realiza oficinas de boi-bumbá pelo Nordeste

Manaus – O coreógrafo Wilson Júnior irá levar as raízes amazonense ao Nordeste por meio do projeto "Boi do Quilombo’’, onde serão realizadas oficinas voltadas à cultura popular brasileira, com ênfase nas danças afro-americanas e no boi-bumbá.
A iniciativa já passou em janeiro por Manaus e Maués, no Amazonas, e esteve em Fortaleza, no Ceará, em fevereiro. O próximo passo é seguir para Maracanaú, também no Ceará, João Pessoa, na Paraíba e Recife, em Pernambuco.
"Tivemos que parar por conta da pandemia, mas pretendemos realizar a oficina no maior número de cidades do Nordeste e também no interior do Ceará. É uma forma de divulgar ao Brasil sobre a arte do Amazonas’’, conta o amazonense Wilson Júnior.
As oficinas têm o maior foco no fomento à dança do boi-bumbá, no qual Wilson utiliza a dança afro-brasileira nas composições coreográficas.

O estilo ganhou destaque no Festival Folclórico de Parintins e durante a gravação do DVD do bumbá Caprichoso no Teatro Amazonas, em 2018, surgiram as oficinas "Boi do Quilombo’’.
"A questão afro estava em grande evidência e, ouvindo uma toada com esse apelo, surgiu a ideia. Imaginei que esta junção seria maravilhosa para o processo de construção da oficina’’, relembrou o coreógrafo.
Wilson Júnior realizou estudos sobre os movimentos do boi-bumbá: bailados, rituais, dança dos itens, e agregou a dança afro às coreografias.
"Não houve muita dificuldade em torno do processo, visto que a origem do bumbá de Parintins vem do Maranhão, onde existe forte influência da dança afro’’.

O objetivo do trabalho, conta Wilson, é mostrar a importância do Folclore como identidade artística, cultural e de pertencimento, levando isso ao Brasil para despertar olhares às manifestações culturais do Norte e toda riqueza que existe nela.
"Com a proposta, pretendo refletir na comunidade a importância do Folclore do Norte para nós, brasileiros. E quando falo nós, estou inserindo todos os estados brasileiros. A dança do boi-bumbá é riquíssima’’, finalizou.
Leia mais:
Coreógrafo amazonense ministra oficina de boi-bumbá em Fortaleza