Manaus (AM) – O pagamento do Auxílio Estadual Permanente, creditado nesta terça-feira (15) para mais de 279 mil famílias amazonenses, tem movimentado estabelecimentos credenciados para receber o cartão. Em alguns locais, o lucro pode chegar a 45% a mais que em dias normais.
O benefício injeta economicamente cerca de R$ 42 milhões nos 62 municípios do Amazonas.
O auxílio criado pelo governador Wilson Lima é coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).
Com o pagamento de R$ 150 da quinta parcela, o investimento em cinco meses chega na casa dos R$ 210 milhões.
“Não há nada mais urgente nesse momento do que colocar comida para aqueles que mais precisam, porque quem tem fome não pode esperar. Estamos contribuindo para garantir a segurança alimentar a milhares de famílias em todo estado”, afirmou Wilson Lima.
“E, também, fazendo circular na economia da capital e dos municípios do interior, todos os meses, R$42 milhões. Por tudo isso, o Auxílio Estadual é um dos mais importantes programas nesse período em que muita gente foi afetada pela pandemia”, enfatizou.
O primeiro pagamento do Auxílio Estadual Permanente aconteceu em novembro de 2021. Depois foram creditados, sempre no dia 15, os valores dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
O Auxílio Estadual Permanente é considerado o maior programa de distribuição de renda da história do Amazonas.
Movimentação
Em Manaus, conforme dados disponibilizados pela empresa Avancard, provedora dos cartões, mais de 2.400 pontos estão credenciados para receber os cartões do Auxílio Estadual em todas as zonas da capital.
No mercado Júnior, localizado no bairro Armando Mendes, zona leste de Manaus, a movimentação costuma ser intensa no início da segunda quinzena.
O motivo é o pagamento do auxílio, aguardado tanto pelos comerciantes da área mais populosa de Manaus, quanto pelas famílias beneficiadas.
É o que afirma o gerente do estabelecimento, Alfredo Rondom. Segundo ele, o auxílio é considerando um “Natal” adiantado para quem obtém lucro das vendas.
“A gente tende a dizer que foi nosso segundo natal, a gente está tendo praticamente um natal todo mês. O cliente se sente muito contente, muito feliz, pode perceber, né, a movimentação é bem grande durante esses dias. O auxílio do estado do Amazonas ajuda muitas famílias aqui do bairro, realmente muitas famílias do bairro se veem beneficiadas”, disse Alfredo Rondom.
Ainda segundo o gerente, o Auxílio Estadual possibilitou a contratação de mais pessoas no comércio.
“A gente teve que contratar outras pessoas, outros funcionários para atingir e atender de uma maneira certa o nosso cliente. O mercadinho sempre tenta atender os nossos clientes do melhor jeito possível. Podemos dizer que indiretamente, ou diretamente, o auxílio emergencial gerou alguns empregos”, comentou.
Na comunidade da Sharp, na zona leste, o auxílio gera um aumento de 45% no lucro, conforme o gerente do mercadinho Bahia, Deovani da Silva.
Segundo ele, o valor traz benefícios tanto para os comerciantes quanto para a população contemplada.
“Com a ajuda desse auxílio, para quem trabalha no comércio, tem uma representatividade muito positiva, a gente tem um aumento na faixa de 40%, 45% em relação aos dias normais. É praticamente o dia todo bem movimentado. Devido aqui na comunidade haver muitas pessoas carentes e ser uma área bem populosa, com esse auxílio só vem a somar“, relatou o gerente.
Expectativa
Para quem necessita da ajuda financeira de R$ 150, o crédito no cartão é um momento aguardado. É o caso da dona de casa Eline Oliveira, 36. Desempregada, ela tem no benefício uma oportunidade de garantir parte do alimento dentro de casa.
“Ele veio em um momento propício para gente, porque com o Auxílio Estadual a gente pode comprar o alimento para os nossos filhos, o alimento para dentro da nossa casa. Foi uma benção que Deus abriu essas portas para gente, que realmente necessita. É um benefício do governo que veio em uma boa hora”, enalteceu Eline Oliveira.
A dona de casa Thayná Rodrigues, 25, destaca a importância do valor para comprar itens para o bebê de um ano.
“(Se não fosse o valor) hoje com certeza eu não teria como comprar a fralda do meu filho nem o alimento. Acho que estaria passando por uma dificuldade por eu estar desempregada. É pouco mas ajuda bastante”, avaliou a dona de casa.
*Com informações da assessoria
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