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Especialista ensina como eliminar gordura abdominal

ARTIGO - Doutora Janayna Libório: "A gordura localizada na região abdominal traz inúmeros riscos à saúde como infarto, diabetes e derrame"

A gordura localizada na região abdominal traz inúmeros riscos à saúde como: infarto, diabetes e derrame, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP)


Pesquisas científicas sobre o tema revelam que homens com 110 cm de circunferência abdominal tiveram 52% a mais de mortalidade comparados aos com uma cintura menor que 90 cm. No caso das mulheres, circunferência acima de 88 cm já podem levar ao maior risco para doenças metabólicas, uma vez que a célula de gordura da região abdominal não serve somente para estoque de gordura, mas também secreta uma série de substâncias com ação inflamatória tanto local como com chance de migrar para corrente sanguínea e agir em outros tecidos do corpo.

Eliminar gordura abdominal não é um processo fácil. Disciplina, força de vontade e perseverança são fatores primordiais. Sem esses três dificilmente você vai conseguir alcançar os seus objetivos! 

Quando se pensa em eliminar gordura muitas ideias vêm a nossa mente: lipoaspiração, abdominoplastia, criolipólise, etc! 

É engraçado que queremos geralmente resultados rápidos para aquele monte de gordura que demoramos meses e quem sabe anos para conquistar!

Queremos perder em um mês de procedimentos estéticos o que demoramos anos acumulando na formação do nosso abdômen “tanquinho” de gordura!  E a realidade não é bem assim! 

Eliminar gordura da região abdominal não é tão simples, mas é possível!

Dentro desse aspecto de acúmulo de gordura na região do abdômen, bem como os resultados que vamos obter quando decidirmos nos dedicar a perder peso e/ou reduzir medidas, é entender a diferença entre os tipos de gordura que se aloja nessa região do corpo: a gordura subcutânea e gordura a visceral.

Gordura subcutânea versus gordura visceral 

A gordura subcutânea abdominal é aquela que se acumula logo abaixo da pele e acima do músculo abdominal. É uma gordura mais maleável, é justamente aquela que forma a prega cutânea e que conseguimos pinçar com os dedos ou medir com o equipamento adipômetro. 

Dependendo da quantidade de gordura subcutânea acumulada na região abdominal, os músculos do abdômen não podem ser visualizados com facilidade.

As células da gordura (adipócitos) subcutânea são menores e tem uma capacidade de se multiplicarem rapidamente, e esse é um dos motivos da grande dificuldade de se eliminar esse tipo de gordura.

Essas células são sensíveis ao resfriamento, fator esse que desencadeou uma série de estudos voltados a redução da gordura subcutânea através de procedimentos estéticos que envolviam resfriamento da área.

Antes se achava que o tecido adiposo tinha unicamente a função de proteção de choques mecânicos, reserva energética e isolamento térmico. 

Mas atualmente já se sabe que esse tecido não possui apenas essas funções e está relacionado a produção de substâncias bioativas, regular processos de controle do apetite, equilíbrio dos níveis de glicose, reparo tecidual e até mesmo regulação de processos inflamatórios.

 Já a gordura visceral, essa já é mais perigosa e vai além de fatores estéticos, esse tipo de gordura é muito prejudicial à saúde.  É uma gordura dura e que se localizada por detrás dos músculos abdominais, circundando os órgãos, é característica formar aquele abdômen abaulado, a famosa “barriguinha de cerveja”, aquele abdômen duro, bem proeminente e redondo. Esse tipo de gordura está diretamente relacionado a doenças cardiovasculares.

Já a gordura visceral apresenta outras características. Quando se pensa em reduzir gordura visceral é necessário fazer uma dieta hipocalórica, tirar o açúcar e fazer atividade física, de preferência aeróbica como correr, andar de bicicleta ou caminhar por 45 minutos, diariamente, durante uns três meses pelo menos, para poder se perceber uma redução desse tipo de gordura no abdômen.

Esse tipo de gordura se acumula por detrás do músculo abdominal, por cima (ou ao redor) dos órgãos, como o fígado, estômago, intestino e coração, dificultando o funcionamento desses órgãos e podendo ocasionar uma síndrome metabólica que resulta no desenvolvimento de doenças, como diabetes, hipertensão, aumento do colesterol e muitos outros problemas adjacentes.

Sabendo-se desses riscos, além da atividade física, ter um acompanhamento nutricional é de suma importância. 

Alimentos termogênicos como canela, gengibre ou chá-verde devem ser adicionados ao plano alimentar para ajudar a acelerar o metabolismo e facilitar a perda de gordura. 

A gordura visceral deve ser levada muito a sério! Portanto, se disciplinar para trabalhar na redução dessa gordura é uma questão de saúde, que ultrapassa o limite da estética!

Para medir a gordura abdominal visceral pode ser feito exames de imagem, porém uma forma simples para saber se ela está em excesso é utilizando-se uma fita métrica. 

A medida deve ser feita na cintura, abrangendo toda a circunferência abdominal, nos homens esse valor não pode ser superior a 94 cm de circunferência e nas mulheres não mais de 80 cm, pois valores superiores correspondem a um maior risco de ter diabetes e doenças cardiovasculares, Infarto ou AVC. 

Portanto, na escolha de um tratamento estético para eliminar gordura abdominal, é muito importante saber identificar qual o tipo de gordura que você tem, se for gordura subcutânea criolipólise, Powershape, lipocavitação, intradermoterapia são alguns dos tratamentos de escolha, que aliados a uma boa alimentação e a prática de atividade física, vão gerar resultados muito satisfatórios, sem você precisar passar por um procedimento cirúrgico, o que pode ser mais arriscado.

No caso de sua gordura ser visceral, o tratamento estético pode ser adjuvante (drenagem linfática, desintoxicação, intradermoterapia intramuscular para perda de peso, etc).  À atividade física e a dieta alimentar específica, mas o que fará a total diferença para redução da gordura visceral será mesmo a alimentação e os exercícios, pois as máquinas de estética ainda não conseguem alcançar a gordura visceral, sendo mais indicadas ao tratamento da gordura subcutânea.

Uma vez identificada qual o tipo de gordura abdominal que você possui, fica bem mais fácil trabalhar para redução da mesma e procurar os melhores tratamentos que possam te auxiliar nesse processo.

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