Economia
Mão de obra qualificada em Manaus ultrapassa os 11 mil, em 2012

Mais de 11 mil trabalhadores do comércio receberam qualificação profissional no ano passado pela Universidade de Tecnologia do Varejo (UTV). O total representa um aumento de 15,5% na geração de mão de obra técnica para o comércio local.
As informações foram divulgadas pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus) que apontou os segmentos de informática básica, atendimento ao cliente, relacionamento interpessoal, armazenagem e movimentação de materiais como os mais procurados ao longo de 2012.
De acordo com a entidade, a carência de qualificação na maioria das atividades econômicas tem sido vista com preocupação pela UTV, que vem ampliando o leque de cursos e treinamentos buscando atender a demanda local desde o funcionário desempregado até o empresário.
“Os segmentos que mais demandaram capacitação foram os de vestuários, sapataria, bens de informática e shoppings centers, respectivamente. Os maiores interessados ainda são os jovens com mais de 25 anos”, informou o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag.
Apesar do aumento da mão de obra especializada, o presidente voltou a criticar a falta de iniciativa do trabalhador local em querer melhorar o currículo com a inserção de novos conhecimentos.
“Há pelo menos 2.000 vagas em aberto esperando esses trabalhadores qualificados, que são muito disputados no quadro profissional manauense. Mas é preciso querer esse aperfeiçoamento e gostar de estudar”, informou Assayag.
De acordo com a CDL-Manaus, os cursos mais demandados foram o de desenvolvimento de habilidades gerenciais, gestão e liderança, relacionamento interpessoal, técnicas de venda, atendimento no varejo, capacitação de consultores externos, cursos de vitrinismo, promoção de vendas e merchandising, código de defesa do consumidor e operadores de telemarketing.
O economista Naercio Menezes Filho explicou que o aumento da oferta das pessoas com média qualificação parece ter provocado também um aumento da taxa de desemprego e de informalidade entre estas pessoas.
Com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o especialista afirmou que a procura pelo aperfeiçoamento é a melhor saída para quem não deseja ficar por muito tempo fora do mercado de trabalho.
“A média qualificação, juntamente com o aumento nas horas trabalhadas, provocou uma piora em termos de bem-estar deste grupo educacional intermediário, tanto em relação aos não qualificados, como em relação aqueles com nível superior. Portanto, o trabalhador hoje precisa buscar o diferencial, o aperfeiçoamento da técnica obtido a partir de cursos”, explicou.
Com a promessa de 6.000 vagas no comércio para os próximos três anos principalmente no setor de shopping centers, candidatos a ingressar neste setor precisam apostar na qualificação. Atualmente, a atividade comercial local ocupa em torno de 257 mil trabalhadores com carteira assinada no Estado.
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