Editorial EM TEMPO
Eleições e pandemia: realidade a ser enfrentada
As eleições acontecerão em um momento de pandemia, que alguns, infelizmente, ainda pensam tratar-se de uma paranoia, mas que que já matou mais de 100 mil brasileiros e desnudou a realidade de populações sem acesso a saneamento básico.

Passadas as convenções partidárias, onze candidatos aguardam agora o sinal da Justiça Eleitoral para se atirar na disputa pelos votos de 1.331.613 de cidadãos com domicílio eleitoral na capital do Estado, aptos para a corrida às urnas nos dias 15 e 29 do próximo mês de novembro.
Como já se sabe, as eleições acontecerão em um momento de pandemia, que alguns, infelizmente, ainda pensam tratar-se de uma paranoia, mas que que já matou mais de 100 mil brasileiros e em todas as capitais desnudou a realidade de populações sem acesso a saneamento básico.
No Amazonas, é óbvio que a pandemia expôs, aos olhos do mundo, a tragédia social da cidade de Manaus e obrigou todos à realidade dos desafios para se buscar, com urgência, parâmetros racionais para uma nova política sanitária para a capital do Estado.
Quando o prefeito Arthur Neto saiu de seus cuidados e pediu ao mundo apoio à causa da saúde na Amazônia assolada pelo coronavírus, ele tinha absoluta certeza da trágica realidade sanitária de Manaus. Por isso, verteu lágrimas no auge da pandemia e apelou à comunidade internacional.
Arthur fez sua parte. Sozinho, não podia obrar milagres, assim como o seu sucessor também não poderá ir longe sem a parceria com os governos Federal e do Estado. Só assim o novo prefeito conseguirá organizar ações que tornem o saneamento básico o caminho para uma melhoria efetiva da saúde e da qualidade de vida dos cidadãos manauaras. Pior não pode continuar.