Protesto
Família de adolescente baleado realiza nova manifestação em Manaus
Este é o segundo ato realizado pelos familiares da vítima em 24 horas
Manaus - Cerca de 50 pessoas, entre familiares e amigos do adolescente de 15 anos que foi baleado na cabeça, na última segunda-feira (16), supostamente por policiais militares, realizaram protesto em uma das principais avenidas da Zona Norte de Manaus, na noite desta terça-feira (17). Este é o segundo ato dos familiares em menos de 24 horas.
A mãe do adolescente, Gilmara da Silva Menezes, de 31 anos, gritou por Justiça diversas vezes no meio dos populares. A avenida Camapuã ficou interditada pelos manifestantes, na altura do Terminal de Integração 4, no bairro Cidade Nova.
Leia também: Menor baleado por PMs continua internado em estado gravíssimo
"Queremos a expulsão desse policial que atirou na cabeça do meu filho. Eles plantaram as drogas e armas. Meu filho estava apenas indo jogar bola com os amigos, quando foi vítima de uma covardia dessas", disse a dona de casa.
Durante a manifestação realizada na segunda-feira (16), houve confronto entre os moradores e os policiais. Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram lançados pelos militares para retirar os manifestantes que tomavam a rua Galileia.
Estado de saúde da vítima
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) informou, por meio de nota, que o estado de saúde do menor é gravíssimo. O jovem passou por cirurgia para estancar um sangramento e corrigir um afundamento craniano. O adolescente continua internado na Unidade de Terapia Intensa (UTI), do Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, na Zona Leste.
A polícia
Em nota, a polícia diz que a guarnição da Força Tática recebeu uma denúncia de tráfico de drogas no Nossa Senhora de Fátima I. Ao chegar ao local, os PMs foram recebidos a tiros pelo menor, que durante o tiroteio foi baleado.
A PM relatou ainda, que o adolescente foi socorrido imediatamente e levado ao Hospital Pronto Socorro Platão Araújo. Com ele foram encontrados entorpecentes, uma quantia em dinheiro e um revólver calibre 38, com três cápsulas deflagradas, usadas para realizar os disparos contra a guarnição.
Edição: Bruna Souza
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