Presidente Eleito
Posse de Bolsonaro terá esquema máximo de segurança em Brasília
Apesar das preocupações da equipe de transição, desfile em carro aberto deverá ser mantido, mas bloqueadores de celular e de drone serão utilizados

Brasília -Os preparativos para a cerimônia de posse do presidente
eleito, Jair Bolsonaro (PSL), no dia 1º de janeiro de 2019 começam a tomar
forma e a lista de exigências da equipe de transição não param de crescer. A
preocupação com a segurança de Bolsonaro é grande, tendo em vista o histórico
recente que inclui um atentado a faca e diversas ameaças de morte.
Os trabalhos estão sendo coordenados pelo futuro ministro do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, junto à
Polícia Federal (PF). Até agora, o tradicional desfile em carro aberto do
presidente eleito e da primeira dama está mantido, mas serão utilizados
bloqueadores de sinal de telefones celulares e de drones para reforçar a
segurança de Jair e Michelle Bolsonaro durante o trajeto pela
Esplanada dos Ministérios.
Por falar na Esplanada, já está definido que a avenida
ficará fechada a partir de 30 de dezembro para que o esquadrão antibomba possa
fazer uma checagem completa do local antes da cerimônia. Além disso, para
limitar ainda mais o trânsito de pessoas no local, o Palácio do Planalto estuda
suspender o expediente dos funcionários públicos nos dias 30 e 31 de dezembro.
O que poderia ser visto com bons olhos está deixando todos
preocupados já que geralmente esses são dias extremamente movimentados na
Esplanada, sobretudo no Ministério do Planejamento, por causa da corrida das
pastas para empenhar recursos do Orçamento a fim de garantir verbas para
projetos considerados prioritários antes do fim do ano. No geral, quando muda o
ano fiscal, recursos que não foram utilizados antes acabam ficando presos.
Tanta preocupação é reforçada por mais de uma ameaça de
morte contra Bolsonaro que foram interceptadas recentemente e ainda estão
sendo investigadas pela polícia. A informação foi revelada pelo atual ministro do GSI ,
general Sérgio Etchegoyen, que afirmou, durante evento de comemoração de 80
anos da criação do Gabinete com status de Ministério, que o presidente
eleito sofreu novas ameaças no período de 15 dias anteriores a sua fala em 3 de
dezembro.
Na ocasião, Etchegoyen disse também que "temos um
presidente que sofreu um atentado e vem sofrendo agressões constantes, basta
ver nas mídias sociais, a quem tem que ser dada a garantia, não a ele, mas
também ao vice-presidente, das melhores condições de governo", afirmou o
ministro. "Certamente a segurança do presidente eleito, da nova
administração, exigirá cuidados mais intensos, mais precisos”, completou.
Desde então, operações da Polícia Civil no Rio de Janeiro e no Recife prenderam pelo menos duas pessoas suspeitas de ameaçar Bolsonaro e o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão.