Conferência online
Arthur Neto participa de debate sobre SUS e pacto federativo
A proposta do evento virtual, foi discutir como está sendo enfrentado a pandemia provocada pela Covid-19, os problemas do Sistema Único de Saúde (SUS)
Manaus - Em transmissão pela plataforma do youtube, o chefe do
executivo Arthur Virgílio Neto (PSDB), foi o único prefeito no Brasil, a
participar nesta terça-feira (28), como representante da conversa que tratou do
“Enfrentamento do Coronavírus, o SUS e a Crise do Pacto Federativo”. A
exposição virtual foi organizada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva
(Abrasco)
Durante a discussão do
debate, o prefeito de Manaus defendeu a tese de que a
distribuição total dos recursos da saúde para os municípios, devem ser feitas
logo no início do ano, na abertura do orçamento federal. “Isso impediria a
prática de favores a amigos, a política do pires na mão. Nós aqui estamos
precisando de tudo: equipamentos, EPIs, profissionais e temos promessas do
Ministério da Saúde, mas até agora não chegou nada”, advertiu o prefeito,
no início de sua participação.
Ainda pontou que o objetivo é
buscar soluções para o povo, sem tomar partidos de políticos. “Não quero pedir
interferência de ninguém. Não quero falar de política, de impeachment, de nada
disso. Quero falar de Covid-19 e de salvar o maior número de vidas possível”,
afirmou o Arthur Neto.
Virgílio, atribuiu o caos
em Manaus ao fracasso da campanha pelo isolamento social, uma vez que
menos de 50% da população da cidade está em casa. “Houve certa rebeldia das
pessoas e houve o incentivo. O nosso presidente chamava as pessoas para rua. Um
pobre prefeito e um pobre governador pediam para que as pessoas ficassem
em casa”, ponderou o político.
Ainda em seu
pronunciamento, o prefeito de Manaus destacou a iniciativa
da prefeitura em implantar com apoio da iniciativa privada. O
prefeito de Manaus, citou o hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, que
está ajudando a salvar vidas e que tem atuado de forma transparente, inclusive
com a divulgação de boletins semanais, informando o número de pessoas
internadas, as altas e as mortes.
O chefe do executivo de
Manaus, ressaltou que o país precisa mudar suas prioridades. “Creio que
todos os males nos ensinam e nos fortalecem. Que isso seja uma lição. Mas o
país precisa mudar suas prioridades. Investir mais fortemente na ciência e
tecnologia e dar a esse ministério [MCT] a importância devida para o
desenvolvimento do país”, finalizou o prefeito de Manaus.
Outros participantes
Na avaliação do governador
do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), o negacionismo capitaneado pelo governo
federal impediu que o país se preparasse para a pandemia, principalmente, no
que diz respeito a insumos e aparelhos médicos necessários. Apontou, ainda, a
dificuldade em formar novas equipes de saúde. “Outro fator é que o coronavírus
não apresenta um padrão, com casos que surpreendem a cada dia. Se há alguma luz
nesse cenário de trevas, seria o fortalecimento do SUS e o federalismo
cooperativo”, afirmou o Dino.
A presidente do Instituto de
Direito Sanitário, Lenir Santos, critica que o sistema não pode fazer escolhas.
“Toda vez que houver a necessidade de fazer escolhas drásticas é porque o
sistema não está sendo suficiente e isso acontece porque durante décadas foi
negado recursos para o SUS. Sou drasticamente contra a escolha drástica”,
defendeu advogada sanitária.
*com informações da assessoria.