Investigação
Procuradores acompanharão atividades da PF
PGR escolhe mandatários que vão acompanhar depoimento do ex-ministro da justiça, Sergio Moro
Manaus - O procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou como será o andamento do inquérito que, apura fatos narrados e declarações dadas à imprensa na última sexta-feira (24), pelo ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.
Para acompanhar todas as atividades
do inquérito a serem realizadas pela Polícia Federal (PF), foram encarregados pelo
Aras, os procuradores da República João Paulo Lordelo Guimarães Tavares,
Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.
Sob justificativa de falta de
previsão legal, Augusto Aras, negou a possibilidade de parlamentares
solicitarem medidas investigativas no processo. A manifestação do procurador-geral
da República, foi pedida pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Celso de Mello, depois de um pedido do senador Randolfe Rodrigues
(Rede) para realização de busca e apreensão e perícia no celular da deputada
federal Carla Zambelli (PSL).
Sem analisar o mérito desse
pedido, que envolve diligências complementares que serão apreciadas
oportunamente pelo procurador-geral, após a oitiva do ex-ministro da Justiça,
Augusto Aras, reputou inadmissível a “intervenção parlamentar nos presentes
autos”. “A legislação processual, não contempla a legitimação de terceiros para
a postulação de abertura de inquéritos ou de diligências investigativas,
relativas a crimes de ação penal pública”, afirmou o PGR.
Ainda acrescentou que tratando-se
de investigação, em face de autoridades titulares de foro por benefício de
função perante o STF, como a solução da titularidade da ação penal pública. “Cabe
ao Procurador-Geral da República o pedido de abertura de inquérito, como a
indicação das diligências investigativas, sem prejuízo do acompanhamento de
todo o seu trâmite por todos os cidadãos”, acrescentou Augusto Aras.
Depoimento
O ministro do STF, Celso de
Mello, determinou que o ex-ministro da Justiça, Moro, seja intimado para prestar
depoimento à PF, no prazo de cinco dias. Pela decisão, ex-ministro deverá
apresentar provas das acusações feitas na semana passada contra Jair
Bolsonaro.
*Com informações da Agência Brasil.