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Nova subvariante

Aumento de casos de Covid-19 no Amazonas não está associado à subvariante BQ.1, diz Fiocruz

Derivada da Ômicron, a BQ.1 foi identificada, recentemente, em outros 65 países. No Amazonas, porém, 94% dos casos de Covid-19 são decorrentes da cepa BA.5.3.1

Foto: Tânia Rego

Manaus (AM) – O Amazonas registrou aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas, o que deixou a população em alerta. A Fiocruz Amazônia, por sua vez, descobriu que a alta não acontece devido à subvariante BQ.1, derivada da Ômicron e identificada, recentemente, em outros 65 países onde os casos também aumentam. O órgão afirmou, nesta quarta-feira (9), porém, que é necessário observar o comportamento da nova linhagem até se ter certeza do que ela pode afetar no sistema imunológico humano.

De acordo com o virologista Felipe Naveca, coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), 94% dos casos de Covid-19 no Amazonas são decorrentes da cepa já existente BA.5.3.1. Até 21 de outubro, a BQ.1 foi encontrada em apenas um caso no estado.

“A pessoa identificada com a subvariante foi orientada e confirmou seguir todos os protocolos preventivos para evitar a transmissão do vírus”,

informou a Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosimary Costa Pinto (FVS-RCP).

Sintomas da BQ.1

De acordo com o médico infectologista Nelson Barbosa, os sintomas da nova subvariante são parecidos com os anteriores, como dor de cabeça, febre alta, coriza, falta de paladar e olfato. Porém, a nova linhagem não tem preferência pelos pulmões (falta de ar) como as demais.

“Até o momento, não constatamos o potencial dela (BQ.1) em letalidade. Apenas (constatamos) que é mais transmissível. A única diferença é que em algumas pessoas, isto é, na maioria delas, ela não tem predileção pelos pulmões como as anteriores. [A pessoa] vai apresentar sintomas gripais leves, às vezes nem vai desconfiar que está com Covid-19. Em algumas pessoas são mais leves [os sintomas]”,

explica o médico.

O especialista destacou também que é importante que a população esteja com o esquema vacinal em dias, pois além de fortalecer o sistema imunológico humano, a vacina previne internações que muitas vezes levam à morte, em caso de atraso no atendimento.

“Mais de 50% das pessoas internadas não tomaram sequer a primeira dose. As vacinas foram o divisor de águas entre o número de casos novos, número de internações e óbitos alarmantes que tivemos nas ondas anteriores”,

afirma Barbosa.

O infectologista adverte ainda que as vacinas estão cumprindo o seu papel social: a imunização. E, se não aparecer nenhuma outra variante, a Covid-19 já pode ser considerada uma gripe comum, pois, as vacinas são eficientes.

Alerta para vacinação

Mesmo com a disponibilidade da vacinação para a população de forma gratuita, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) tem convocado os atrasados para os pontos de vacinação da capital. Em Manaus, mais de 1 milhão pessoas estão com as doses atrasadas. Além dos adultos, as crianças e adolescentes também devem ser imunizados.

“A Semsa oferta a primeira, segunda, terceira, quarta e quinta dose do imunizante contra a Covid-19, respeitando os públicos contemplados e intervalos preconizados pelo Ministério da Saúde. Se o usuário tiver dúvidas sobre qual dose tomar, ele pode fazer a consulta individual na plataforma Imuniza Manaus (imuniza.manaus.am.gov.br)”, afirmou a secretária de saúde municipal, Shádia Fraxe.

Medidas de prevenção

As medidas de prevenção não farmacológicas continuam sendo as mesmas adotadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS): uso de máscaras, álcool em gel, álcool a 70% e lavar as mãos com água e sabão sempre.

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