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Recorde de casos de dengue dos últimos sete anos no Rio de Janeiro

Desde janeiro, a cidade teve 20 mil diagnósticos da doença — quase cinco vezes mais que 2022

De janeiro ao início de 2023, o Rio registrou 20 mil casos de dengue — o maior número desde 2016, quando a capital teve quase 26 mil diagnósticos. A quantidade de pacientes com a doença preocupa as autoridades de Saúde, que temem que a cidade possa viver uma epidemia no próximo ano. Além do crescimento de casos, depois de cinco anos a cidade também registrou o primeiro diagnóstico de dengue tipo 4.

Na capital, a maior incidência da dengue está na região da Área Programática 5.2, que abrange o bairro de Campo Grande. É justamente pela alto número de casos da região que a prefeitura escolheu Guaratiba para ser o local de um estudo de uma vacina contra a dengue. A secretaria municipal de Saúde negocia a compra de 40 mil doses do imunizante Qdenga, da a farmacêutica japonesa Takeda e que recebeu autorização da Anvisa neste ano. Já foi enviado um pedido de autorização para a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

O estudo deve abranger moradores de Guaratiba entre 19 e 49 anos. A aquisição do imunizante gira em torno de R$ 7 milhões.

Na quinta-feira, foi confirmado o primeiro caso de dengue tipo 4 no Rio em 4 anos. A paciente é uma mulher de 45 anos que faz o tratamento em casa. As autoridades de Saúde explicam que essa cepa da doença é menos agressiva, mas, por estar tanto tempo sem circular no estado, há mais pessoas suscetíveis. Outro ponto de preocupação foi um número grande de diagnósticos durante o inverno, quando os casos deveriam cair.

A médica Silvia Carvalho, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da secretaria estadual de Saúde, explica que a população deve aderir a campanha dos “10 minutos contra a dengue”, que pode evitar a proliferação do Aedes Aegypty.

“Há uma preocupação nossa também com a questão do dengue do sorotipo tipo 3, porque nós não identificamos (no Rio), mas já foi identificado em estados vizinhos. Temos três sorotipos circulando, então isso nos coloca numa condição de possibilidade de aumento de casos. A gente já observa, no decorrer desse ano, um comportamento atípico porque teve um número de casos expressivos, mesmo num período onde não se espera”, diz Carvalho.

O mapa da doença no estado do Rio aponta uma grande incidência da doença em 2023 nas regiões Noroeste e da Costa Verde. Além de apoiar os municípios com insumos, como soros para reidratação, a secretaria de Saúde também prevê realizar rodadas de orientações para ajudar na capacitação dos profissionais no diagnóstico.

*Com informações do Extra

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