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Eleições

Aras posta vídeo antigo como resposta para Bolsonaro: “Não aceitamos alegação de fraude”

A gravação não é inédita e foi feita em ocasião de uma entrevista anterior concedida pelo PGR a veículos de imprensa estrangeira

Brasília (DF) – O procurador-geral da República, Augusto Aras, republicou, nesta quinta-feira (21), um vídeo em que defende a lisura do sistema eleitoral brasileiro e reitera a confiança nas urnas eletrônicas.

A publicação foi feita em seu canal no YouTube e ocorre após reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores, em que o mandatário do país, mais uma vez, colocou em xeque a segurança das eleições. A gravação não é inédita e foi feita em ocasião de uma entrevista anterior concedida pelo PGR a veículos de imprensa estrangeira.

Antes da reprodução do vídeo, Aras introduz: “Diante dos últimos acontecimentos no país, o procurador-geral da República, Augusto Aras, recorda a necessidade distanciamento, independência e harmonia entre os Poderes, e que as instituições existem para intermediar e conciliar os sagrados interesses do povo, reduzindo a complexidade das relações entre governantes e governados”.

“No atual contexto, o PGR considera oportuno apresentar nos próximos 5 minutos um resumo da conversa que teve com representantes da imprensa estrangeira com temas de interesse a toda população”,

prossegue a mensagem introdutória.

Em seguida, o procurador defende que “quem for eleito será empossado”.

“No Brasil, em 2021, não se repetirá o 6 de janeiro de 2021 [tomada do Capitólio por apoiadores de Donald Trump]”.

Já na parte da entrevista concedida, Aras afirma que o Ministério Público Federal (MPF) não aceita a alegação de fraude nas urnas eletrônicas. “Nós não aqui aceitamos a alegação de fraude, porque nós temos visto sucesso da urna eletrônica, ao longo dos anos, especialmente, no que toca à lisura dos pleitos”, sustenta.

Entenda

Aras vinha sendo pressionado a se pronunciar sobre os recentes ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral. Desta vez, o presidente convocou uma reunião com 40 diplomatas para deslegitimar a apuração de votos pelas urnas eletrônicas.

Por mais de 45 minutos, o chefe do Executivo federal também criticou o TSE e afirmou que seu governo está empenhado em apresentar uma “saída” para as eleições deste ano.

Na reunião com estrangeiros, o chefe do Palácio do Planalto repetiu argumentos já desmentidos por órgãos oficiais e reiterou que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”.

“Nós queremos, obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, declarou. “Nós queremos corrigir falhas. Queremos transparência. Nós queremos democracia de verdade.”

Mais cedo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, determinou que o presidente se manifeste sobre os ataques.

No despacho publicado nesta quinta-feira, Fachin solicitou explicações de todas as partes envolvidas no pedido de exclusão do vídeo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e a empresa Facebook, onde as imagens da reunião estão divulgadas.

“Da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a anduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas”,

pontuou o ministro. Fachin se manifestará sobre a exclusão das imagens apenas após a explicação das partes envolvidas no caso.

*Com informações do Metrópoles

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