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Tamboreando Cultura

Crianças e adolescentes de projeto dançam na Festa do Divino em Maués 

O coreógrafo da Dança dos Pássaros, José Diniz, explica que essa manifestação folclórica é oriunda do estado do Pará

Manaus (AM)- Neste sábado (4) acontece em Maués (a 267 quilômetros de Manaus) a primeira apresentação do grupo Dança dos Pássaros, formado pelos alunos do projeto “Tamboreando Cultura na Terra do Guaraná”.

O espetáculo faz parte da programação da Festa do Divino Espírito Santo, evento tradicional e centenário da cidade, e ocorrerá na praça principal de Maués. 

O projeto é uma iniciativa do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) patrocinada pela Ambev e Guaraná Antarctica, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  

Com o objetivo de valorizar e fortalecer as manifestações culturais e populares da cidade de Maués, os alunos aprendem a tradição do Tambor de Gambá e a produzir instrumentos percussivos da região, além da Dança dos Pássaros. 

Na ocasião, 28 alunos do projeto Tamboreando apresentarão a dança do pássaro Jaçanã. De acordo com um dos educadores do projeto, Ítalo Mamud Michiles, o ritmo faz parte da cultura de Maués.

“Os longevos comentam sobre as danças de quando eram crianças e jovens. O intuito da dança do pássaro Jaçanã é celebrar essa tradição e ser inclusiva, por isso temos o coreógrafo, que usa cadeira de rodas, crianças, idosos e pessoas diversas participando da dança”, explica o educador. 

Tradição 

O coreógrafo da Dança dos Pássaros, José Diniz, explica que essa manifestação folclórica é oriunda do estado do Pará e foi incorporada à cultura maueense por meio da migração e da proximidade geográfica. Ele conta a história interpretada na dança do pássaro Jaçanã. 

“Jaçanã era um pássaro muito bonito, que cantava e tinha um amo. Um caçador viu o jaçanã e o matou. Foram avisar o amo sobre o ocorrido e chamaram médicos para ajudar, mas só um pajé conseguiu ressuscitar o pássaro, que revive. A partir daí começa a dança do jaçanã”, relata. 

De acordo com o coreógrafo, a ideia da apresentação é mostrar que todos podem fazer parte da brincadeira, por isso a diversidade entre os integrantes do grupo. “Queremos desfazer essa ideia de que se trata de uma dança ‘de velhos’ e mostrar que é uma cultura tão presente hoje quanto antigamente. A ideia é valorizar a memória, cultura e tradição de Maués, por meio dessas danças, que são um encanto que só existe aqui. O projeto Tamboreando é um embrião para criar um maior respeito a nossa cultura”, afirma Diniz. 

Estímulo à cultura 

Para a coordenadora do projeto Tamboreando, Mariana Guimarães, a iniciativa, que está em seu último trimestre de execução, conquistou um espaço especial no coração de Maués. “Enquanto em sala de aula os alunos exercitam a arte dos tambores da Amazônia, nas ruas e eventos externos os professores e alunos buscam se encontrar para as apresentações do projeto. Esse exercício estimula amplamente a cultura local, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento de suas redes comunitárias”, afirma. 

Mariana destaca a importância da apresentação do projeto na Festa do Divino, uma das festividades mais tradicionais da cidade. “Apresentar-se na Festa do Divino passa a ser um desdobramento natural do projeto Tamboreando, um momento de felicidade para todos os envolvidos nas atividades da Dança dos Pássaros e Troar dos Tambores. Por fim, teremos a honra de nos apresentarmos junto ao grupo do Boi Pavulagem, integrando um conjunto de manifestações genuínas de Maués e comunidades da região”, completa. 

A apresentação da Dança dos Pássaros tem o apoio do Sesc Maués, da Escola Estadual Walton Rodrigues Bizantino e da Secretaria de Cultura e Turismo de Maués. 

*Com informações da assessoria

Edição Web: Bruna Oliveira

Imagens: Comunicação / IDESAM

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