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Crescimento econômico

Economia do Amazonas registra crescimento de 6,3% no acumulado de 2023

Produção crescente de motocicletas e o constante aumento de empregos foram os fatores que mais contribuíram para esse bom desempenho no ano passado, apesar da seca histórica

Manaus (AM) — A economia do estado do Amazonas registrou um crescimento de 6,3% durante o ano de 2023. O segmento de motocicletas foi o que mais contribuiu para a ascensão da indústria do Polo Industrial de Manaus (PIM), tendo no ano passado um dos seus melhores desempenhos históricos. Como consequência desse desempenho, o total de empregos formais no Amazonas encerrou 2023 com 474 mil cargos ocupados. O melhor encerramento já registrado.

O crescimento de 6,3% reflete a variação positiva do Índice de Atividade Econômica Regional do Amazonas (IBCR-AM), número-índice publicado mensalmente pelo Banco Central como versão regionalizada do IBC-Br, a estimativa mensal do PIB brasileiro. Esses dados são destaques do PEA (Painel Econômico do Amazonas), levantamento realizado pelo CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), que traz, mensalmente, informações relevantes sobre a atividade da indústria na Zona Franca de Manaus (ZFM). O levantamento compilado pelo CIEAM reúne ainda informações de outras fontes estratégicas.

“Temos um departamento interno, dentro do CIEAM, específico para reunir e avaliar os indicadores industriais da região. Esse trabalho é muito importante, pois permite uma análise econômica geral do nosso estado, tendo como base o indicador IBCR-AM. Também aproveitamos dados do Ministério do Trabalho e Emprego e instituições importantes, como IBGE, Suframa, ComexStat e Abraciclo. O maior objetivo do PEA é manter a população informada sobre os principais setores da economia do estado, como Indústria, Comércio, Serviços”,

explica Luiz Augusto Rocha, presidente do CIEAM.

“As finanças amazonenses alcançaram um ótimo rendimento em 2023, como apontado pela variação do IBCR-AM, mesmo com os impactos negativos da Grande Seca, que foram de R$ 1,4 bilhão com despesas logísticas extraordinárias, US$ 1 bilhão em importações retidas e R$ 487 milhões em redução da arrecadação tributária”, explica Luiz Augusto Rocha, presidente do CIEAM.

Números divulgados pela Receita Federal indicam, ainda, que a tendência de coleta de impostos era de forte avanço no ano de 2023. O total alcançado em tributos federais no Amazonas foi de R$ 22,8 bilhões, indicando um aumento de 4,4% em comparação com 2022. Esse é outro indicador da atividade industrial positiva da região no ano passado.

Tendência positiva nos empregos

 Havia expectativa que em dezembro o estado do Amazonas atingisse o patamar inédito de 500 mil empregos formais. Contudo, segundo resultados divulgados pelo Ministério do Trabalho, ocorreu um enfraquecimento de 0,5% de empregos formais no estado, em comparação a novembro. Mas vale lembrar que em novembro de 2023 ocorreu um recorde, com quase 499 mil empregos formais.

Entre os principais motivos da redução de ocupações formais, em dezembro, foi o desligamento de professores em Itacoatiara, demissões nos serviços de construção civil e 474 vagas a menos na indústria de transformação referente aos cortes no subsetor de fabricação de produtos alimentícios. “A tendencia é que a longo prazo o crescimento de empregos na região se mantenha”, prevê o executivo do CIEAM.

Painel Econômico do Amazonas

 O Painel Econômico do Amazonas é uma análise da conjuntura econômica do Amazonas elaborada mensalmente pelo CIEAM com base em informações públicas de instituições como IBGE, Suframa, ComexStat e Abraciclo, além de utilizar dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego. O principal dado disponível para análise é o IBCR-AM, número-índice publicado mensalmente pelo Banco Central como versão regionalizada do IBC-Br, a estimativa mensal do PIB brasileiro.

O Banco Central compõe o IBCR-AM pelos resultados das pesquisas mensais efetuadas pelo IBGE, incluindo os principais setores da economia: Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária.

 Sobre o CIEAM

O CIEAM é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, cujo objetivo é atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na ZFM. Implementada pelo governo federal em 1967, para viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz.

Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), que geram mais de 500 mil empregos, diretos e indiretos, e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Em 2022, movimentou mais de 177 bilhões, um aumento de 12% em relação ao ano anterior.

*Com informações da assessoria

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