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Papo Franco

Pré-candidato a deputado estadual Enfermeiro Hadã defende melhorias para profissionais da saúde

O pré-candidato a deputado estadual defende a ampliação da capacitação de profissionais da saúde no interior e na capital

Manaus (AM) – Nesta edição do Papo Franco, a equipe do Em Tempo conversou com o pré-candidato a deputado estadual enfermeiro Hadã. Durante a entrevista, Hadã comentou suas principal bandeiral: a saúde pública, com foco no cuidado com a classe trabalhadora do setor.

Confira a conversa:

Gostaria que o senhor me explicasse o porquê da sua pré-candidatura e o que o motivou a tentar uma cadeira na assembleia legislativa do Amazonas?

“O que me motivou a estar concorrendo a esta cadeira legislativa é que eu já venho de histórias envolvido com pautas LGBTQIA+, onde eu acredito que esse espaço precisa ser preenchido por nós, e ser ocupado por nós cidadãos como aquilo que tanja a direitos e deveres. No momento que assumi a gestão para trabalhar com profissionais de saúde destro dos hospitais, foi o momento do advindo da Covid-19, e conhecendo as realidades, as dificuldades, as necessidades tanto da população quanto dos meus colegas de classe, quanto os meus colegas médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, foi o que me motivou a querer fazer mais. Onde eu estava, para mim, não era o suficiente, então eu precisava e acredito que preciso fazer mais. Realmente, foi isso que me motivou a engrenar nessa nova caminhada e nessa nova jornada”.

Uma dessas suas principais bandeiras é voltada tanto para a saúde pública e para a capacitação dos profissionais, quanto na questão da infraestrutura da saúde do amazonense. Quais são suas principais propostas voltadas para a melhoria dessa área?

“No que tange a capacidade dos profissionais hoje, existe uma evolução na saúde amazonense hoje em que serviços mais complexos estão indo para o interior. Então, se faz necessário ter uma capacitação In Loco para que esses profissionais estejam realmente prontos para atender a população amazonense. Então, esse avanço na saúde, principalmente no interior, onde estamos tendo UTIs sendo implantadas. Serviços mais complexos requerem um pouco mais de capacitação desses profissionais que estão ali. Então, ao invés deles virem, nós podemos ir até esses profissionais, porque existem iniciativas público e privadas que estão desenvolvendo essas capacitações no interior. Acredito que ampliar esses cursos aos profissionais tanto na capital quanto no interior. Nós temos os centros de treinamento do estado, onde pode aumentar esse leque de atendimento para a população. Assim, quando você trabalha os profissionais você garante um melhor atendimento para a população. A própria infraestrutura hospitalar, onde precisa ter um espaço digno para o trabalhador ter um momento de descanso e um momento para respirar, pois não é fácil ser um profissional de saúde. São várias situações que você precisa ter um espaço seu, onde você consiga voltar para respirar e voltar para fazer um bom atendimento, porque isso reflete diretamente na população. Profissional satisfeito, profissional com um ambiente adequado para trabalhar, reflete no atendimento adequado para a população”.

Falando em um assunto que é visto como delicado, principalmente pela sociedade quanto pelo aspecto político, que é a bandeira LGBTQA+. O que o senhor tem em mente para a melhoria dessa parcela da sociedade?

“Nós realmente precisamos nos sentir representados. Então, se faz necessário a construção, inicialmente, de uma política pública definitiva que trabalhe com todos os aspectos que um cidadão tem direito, não apenas os deveres. Ele tem acesso a segurança, acesso a saúde e acesso à educação. Eu preciso trabalhar uma política pública que garanta que essas pessoas sejam realmente assistidas, que nós sejamos assistidos, que eu tenha um espaço garantido pelo poder público onde eu me sinta seguro em chegar. Hoje, como LGBTQIA+, eu não enxergo uma política clara no estado, e acho que a gente pode avançar. Temos muitos avanços sim, e muitos direitos, mas precisamos de mais. Preciso garantir, por exemplo, uma delegacia de referência. Eu preciso garantir um serviço de saúde de referência, voltado para a comunidade. Então, realmente nossa maior bandeira, para a comunidade que eu acredito, a qual eu estou inserido é realmente uma política pública voltada para a comunidade LGBTQIA+”.

Agora voltando a falar sobre uma das suas principais propostas que é voltada para a questão da saúde pública. Quando nós falamos sobre saúde pública, nós falamos de alimentação da população amazonense e também sobre nossa economia. Sobre esse setor, como o senhor avalia a situação atual que nós estamos passando?

“Pensando em economia, é um tema delicado, tendo em vista todos os impactos oriundos ainda da pandemia, nesse momento pandêmico que ainda estamos saindo. Existem muitos incentivos do Governo do Estado como o Prato Cheio, que tem possibilitado a alimentação da população. Também existem muitos incentivos para a compra do pequeno produtor, mas se faz necessário que esse pequeno produtor não fique somente atrelado somente ao estado, e que ele consiga trazer aquilo que produz para dentro da cidade. Ele precisa conseguir escoar sua produção, precisa garantir que ele tenha meio de transporte para conseguir fazer isso. Quando eu consigo trazer esse pequeno agricultor realmente para a capital, não somente pela política que o estado promove, eu consigo aumentar a produção, eu consigo baratear o custo, aumentar a oferta e a demanda. Então, realmente trabalhar em programas e em políticas que visem o escoamento dessa produção, que eles consigam realmente vender seu produto não só para o estado, mas também diretamente para o consumidor final”.

A enfermeira Fabiane Maklouf pergunta: Candidato, qual é sua proposta para a melhoria de vida para os nossos ribeirinhos?

“Nós temos acompanhado algumas realidades de inúmeras realidades dentro da cidade de Manaus e no entorno. O que é impressionante é que em pleno século XXI ainda nos deparamos com a realidade de comunidades que não dispõem de água potável. Imagina no Amazonas, com a maior bacia hidrográfica e, mesmo assim, ainda não temos água potável para todo mundo. Na época da seca, muitos têm acesso a olhos d’água, outros não. Na época da cheia, essa população fica completamente desassistida. Então, é onde não se tem o mínimo que é água potável. Nós estamos trabalhando com algumas parcerias e visando, a partir de alguns estudos, a implantação de estações de tratamento. Porque hoje, o poço artesiano, para algumas comunidades é possível, porém, para outras, ele não é. A estação de tratamento ela é uma iniciativa que não tem um alto custo. Nós temos como implantar em grandes comunidades, e assim ampliando para outras comunidades, onde a própria água do rio Negro seria a água captada, e assim a gente garantiria, tanto na seca quanto na cheia, água potável para toda a população amazonense. Nisso, vamos avançando, utilizando as emendas para já iniciar esse projeto. Nós temos concessionárias que podem nos auxiliar na implantação desses projetos também”.

A estudante Manuella Lyra pergunta: Qual sua proposta para a evolução da educação aqui no estado do Amazonas?

A educação é algo que é muito tocante, faz parte de nossa vida. A minha mãe é professora, então vivenciei muito. Hoje, nós temos uma potência no estado, que é a Universidade Federal do Amazonas, e nós temos uma classe, que são nossos professores, que precisam de um apoio, e que precisam estar melhor capacitados. Existem formas, mecanismos e projetos para que nossa universidade possa estar dando suporte aos professores da educação pública, através de pós-graduação, e através de cursos. Eu não consigo fortalecer, eu não consigo trabalhar a educação sem os professores. Através da secretaria de educação, através da universidade acredito que seja o melhor caminho para iniciar esse processo de fortalecimento da educação do estado do Amazonas.

Durante a sua trajetória, como uma liderança da classe de enfermagem, e como também um profissional da saúde pública, quais são as ações que você gostaria de destacar para a população amazonense?

“Eu tenho acompanhado a realidade de muitas comunidades, tanto aqui da capital quanto do interior. Como profissional de saúde, eu fui nessas comunidades para entender quais são essas necessidades reais. Então, baseado nessas necessidades, nós estamos desenvolvendo algumas ações. Como por exemplo, no final do mês nós vamos estar no bairro do Armando Mendes, desenvolvendo uma ação de saúde com parcerias, como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. Convido você da população Armando Mendes a estar conosco, e você também profissional de saúde que tem interesse em colaborar com a população amazonense, em colaborar com atendimentos, que hoje são um pouco complicados de acesso, mas vamos estar tentando auxiliar um pouco mais a população. Assim como no bairro do Terra Nova, também vamos estar, no início do próximo mês, desenvolvendo uma ação de saúde, não somente na área da saúde, mas também na área que estou inserido, que é a comunidade acadêmica. Estamos trabalhando em algo que me acompanha desde a academia, como estudante, que são as políticas públicas voltadas para a assistência estudantil. O universitário precisa saber o espaço em que está inserido, a responsabilidade dele como profissional.  Estamos trabalhando com inúmeros cursos e inúmeras palestras. Vale destacar os cursos de capacitação, o qual estamos levando para dentro do ambiente hospitalar. É através das iniciativas público-privada essa capacitação, tanto na capital quanto no interior. Estamos indo agora, no próximo mês de junho, ao encontro da comunidade LGBTQIA+, mas em São Paulo, para entender como está distribuída essa política pública paulista. Conhecendo também a casa Chama. Estamos com uma parceria público-privada para ter uma casa de apoio aqui na capital. Eu e um grupo de apoiadores estamos indo para São Paulo para entender essa proposta de casa de apoio para trazer para a capital amazonense. Independente da candidatura deixar um legado para a comunidade LGBTQIA+”.

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