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Editorial

Fundos criminosos

Um estudo, realizado pelo Greenpeace, mostrou que os chamados fundos de pensão detém ao menos US$ 60 bilhões investidos em empresas comprometidas com a destruição de florestas tropicais na América do Sul, África e Ásia, incluindo, obviamente, a Amazônia

Foto: Divulgação

Um estudo realizado pelo Greenpeace, divulgado pelo jornal Valor Econômico em 01 de setembro, mostrou que os chamados fundos de pensão detém ao menos US$ 60 bilhões investidos em empresas comprometidas com a destruição de florestas tropicais na América do Sul, África e Ásia, incluindo, obviamente, a Amazônia.

Conforme o estudo, divulgado com estardalhaço na Suiça, os fundos de pensão suíços, que envolvem mais de US$ 1,2 trilhão, figuram entre os principais e mais influentes investidores no mercado global de capitais, sendo que 5% desses fundos são de responsabilidade de empresas sem o menor compromisso com o desmatamento.

O Greenpeace listou 141 companhias como particularmente implicadas com a destruição de florestas tropicais, dentre as quais Bunge, JBS-Friboi, Amazon, Industrial and Commercial Bank of China e UBS. De acordo com a Ong ambiental, a Bunge compra soja brasileira de regiões assoladas pelo desmatamento. A Ong não poupa também a JBS e o banco UBS, que, sem qualquer escrúpulo, investe tanto na Bunge quanto na JBS.

O Greenpeace apela para que os fundos de pensão, na condição de acionistas, pressionem para que tais grupos econômicos mudem seus comportamentos e não sujem seus investimentos com a destruição da Amazônia e passem a respeitar a sustentabilidade, em nome da própria segurança climática do planeta.

A Associação Suíça de Instituições de Previdência (Asip) contestou o Greenpeace, mas a verdade é que os critérios de sustentabilidade não estão sendo observados pelos fundos de pensão suíços, que por isso merecem ser questionados.

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