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Desmatamento

Inpe diz que 20 cidades concentram metade dos alertas de desmatamento na Amazônia

Os dados são do Deter, sistema de detecção de desmatamento em tempo real por meio de satélite.

Desmatamento na fronteira entre a Amazônia e o Cerrado em Nova Xavantina, em Mato Grosso Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

Apenas 20 municípios brasileiros concentram 50% dos alertas de desmatamento na Amazônia entre janeiro e junho deste ano. Sete cidades são do Mato Grosso, seis do Pará, seis do Amazonas e uma de Rondônia.

Os dados são do Deter, sistema de detecção de desmatamento em tempo real por meio de satélite, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O apanhado do primeiro semestre de 2023 foi apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quinta-feira (6).

A área sob alerta de desmatamento na Amazônia sofreu uma queda de 33,6% nos seis primeiros meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Feliz Natal (MT) é o município com a maior área da Amazônia desmatada no primeiro semestre de 2023: 175,45 km². A cidade tem 11 mil km² e 10 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022. Em seguida, está Apuí (AM), com 166,46 km² de área desmatada.

O estado do Mato Grosso lidera a lista das unidades federativas com maior área do bioma desmatado entre janeiro e fevereiro deste ano: 905 km². O número corresponde a 34% do total de estados. Em seguida está o Pará, com 28%; Amazonas, com 21%; e Rondônia, com 9,5%.

Segundo a pasta, dos quatro estados com maior desmatamento, em três deles houve uma queda expressiva nos índices no primeiro semestre de 2023.

“O Pará, que vinha liderando o desmatamento, agora perdeu a liderança, uma perda positiva, para o estado do Mato Grosso”,

explicou o secretário-executivo do Meio Ambiente, João Capobianco.

Já no Amazonas, a taxa de área desmatada estava seguindo uma tendência de alta nos últimos anos e sofreu uma queda de 55,2%. O ministério afirma que a redução está ligada à concentração de ações do Ibama no estado.

O Mato Grosso contrariou a tendência geral, mantendo um índice alto e, segundo a pasta, será alvo de mais ações do governo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que há uma articulação sendo feita com os governos estaduais para tratar do assunto.

Na Amazônia, em comparação com junho de 2022, houve queda na área sob alerta de desmatamento em 41% em junho deste ano. Nos primeiros seis meses de 2023, foram identificados 2.649 km² em área desmatada.

O índice já vinha diminuindo desde janeiro. A pasta acredita que a curva de aumento do desmatamento nos últimos anos foi revertida.

O Deter produz um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura vegetal na Amazônia e no Cerrado. Apesar de não medir com precisão as áreas desmatadas, apresenta as tendências de evolução do desmatamento. Os dados exatos são reunidos pelo Prodes, também uma iniciativa do Inpe, anualmente.

*Com informações da CNN Brasil

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