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Repercussão

“Saíram do avião com área de pouso no visual”, diz paraquedista de Manaus sobre acidente

Erick Lira é praticante do paraquedismo há quatro anos e conhecia todos que estavam no avião. O praticante explicou que, naquele momento, as condições climáticas eram ideais

Enquanto o corpo de Ana foi encontrado na manhã deste sábado (16), Luiz Henrique segue desaparecido. Foto: Reprodução

Manaus (AM) – O acidente com paraquedistas, ocorrido nesta sexta-feira (15), que vitimou Ana Carolina Oliveira e deixou desparecido Luiz Henrique Cardelli, causou repercussão entre os praticantes da modalidade. Um deles é Erick Lira, de 36 anos de idade e que há quatro anos pratica o esporte. O amazonense lamentou o ocorrido e a perda da jovem.

“A gente recebe a notícia como um baque. Especialmente, porque era uma menina querida (Ana Carolina), jovem… É difícil acreditar no que aconteceu. Nunca passamos por isso, de perder alguém assim, repentinamente. Eu conhecia todos os outros que estavam no avião. Todos eram amigos. Somos uma família e conhecia todos os outros que estavam juntos neste salto”,

detalhou Erick.

Erick Lira já se recuperou de um grave acidente em um salto. Foto: Acervo pessoal

O praticante também explicou que os paraquedistas saltaram porque, naquele momento, as condições climáticas eram ideais.

“Saíram do avião com a área de pouso no visual”, declarou o paraquedista, que detalhou procedimentos que são realizados para o acompanhamento do tempo.

“Antes da a gente entrar numa aeronave para saltar, a gente procura saber a previsão do tempo. Primeiro olhamos para o céu, conseguimos ver de longe as nuvens. Quando a gente sobe a uma certa altitude, na metade do caminho, lá de cima já conseguimos ver se está vindo alguma nuvem de chuva ou algo que possa deixar nublado. Só podemos saltar no visual, para ver onde vamos pousar e onde andar. Fazemos a previsão no ‘olhomêtro’ e no digital, onde vemos se vai chover, quando vai chover e quantidade que vai chover”, explica.

Aeroclube se posiciona

O Aeroclube de Manaus se posicionou sobre o assunto na tarde deste sábado (16). Por meio de sua diretoria jurídica, o clube afirmou que o voo que transportava 14 paraquedistas para o salto na tarde desta sexta-feira (15) foi autorizado pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).

“O aeroclube é gestor do Aeródromo de Flores, que comporta cinco escolas de paraquedistas distintas em atividade. Cada escola tem seu grupo de atletas e cada escola responde pelo saltos. Quem autoriza o voo são os órgãos de controle, que nesse caso, passa pelo Cindacta. E a gente acredita que tudo isso tenha sido feito obedecendo a todos os procedimentos”,

disse Eliane Melo, diretora jurídica do aeroclube.

O caso

Ao todo, 14 paraquedistas decolaram do Aeroclube de Manaus na tarde desta sexta-feira. Após a forte chuva, acompanhada dos ventos, 10 conseguiram aterrissar em segurança e quatro tiveram sua rota de pouso alterada. Destes, dois conseguiram pousar nas margens do rio de forma precária e os outros dois, Ana Carolina e Luiz Cardelli, caíram na água, nas proximidades da Ponte Rio Negro.

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