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Há 10 anos, Manaus sediava primeiro jogo de Copa do Mundo em sua história

Inglaterra e Itália abriram a participação amazonense no Mundial com um jogo de três gols e Arena lotada

Público presente em Inglaterra e Itála foi de 39.800
Público presente em Inglaterra e Itála foi de 39.800. Foto: AFP

Foi em um 14 de junho como hoje, mas em 2014, que Manaus sediou um jogo de Copa do Mundo pela primeira vez na história. Naquela tarde de sábado, Inglaterra e Itália abriram a participação amazonense no Mundial do Brasil com um grande jogo, válido pelo Grupo D, na Arena da Amazônia. A ‘Squadra Azzurra’ levou a melhor por 2 a 1, com gols de Marchisio e Balotelli; Sturridge fez o do ‘English Team’.

Por ironia do destino, as duas seleções campeãs mundiais e favoritas no “Grupo da Morte” daquele Mundial foram eliminadas na primeira fase: nos dois jogos seguintes, a Itália perderia para Costa Rica e Uruguai pelo placar de 1 a 0, em ambas as derrotas; a Inglaterra, por sua vez, perdeu para o Uruguai por 2 a 1 e se despediu do Mundial após um empate em 0 a 0 com a Costa Rica.

Mario Balotelli marcou o gol da vitória italiana. Foto: AP/Spokesman

O público presente naquele jogo foi de 39.800 torcedores. A capacidade máxima da Arena da Amazônia, de 44.300 pessoas, precisou ser reduzida para aquela partida por conta de instalações na arquibancada, como a área para imprensa que ficou situada no anel superior. A temperatura durante a partida chegou a marcar 30ºC e a umidade do ar foi de 61%.

Arena elefante branco?

Dez anos depois da Copa do Mundo, o estádio acumula boas memórias para o torcedor amazonense, sendo palco de acessos em edições do Campeonato Brasileiro tanto para Manaus FC quanto para Amazonas FC.

Em 2019, foi na Arena da Amazônia que o Gavião Real garantiu uma vaga na Série C, ao bater o Caxias-RS pelo placar de 3 a 0. Na final da Série D daquele ano, em duelo contra o Brusque-SC, foram 44.896 torcedores presentes, público que assegura o recorde de lotação do estádio. O time esmeraldino ficou com o vice-campeonato, nas cobranças de pênalti.

Quem também escreveu uma bonita história foi a Onça-pintada, que em 2022 subiu para a Série B, divisão em que o time amazonense não tinha um representante desde o São Raimundo, em 2006. O duelo contra o Botafogo-PB, que sacramentou o acesso para o Amazonas FC, teve 44.500 torcedores presentes, o segundo maior da história da Arena da Amazônia.

Em entrevista ao Uol, o presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ednailson Rozenha, exaltou a importância da Arena da Amazônia para o ressurgimento do futebol amazonense.

“A Arena é a maior obra civil do Amazonas. É o maior patrimônio imobiliário do estado. Não virou elefante branco. O futebol amazonense naquele momento (da Copa) era bem menor do que é hoje. Evoluímos muito de lá para cá. E a Arena contribuiu para isso. O público-alvo é o futebol. Se tem futebol, tem cliente. O que faz algo virar elefante branco é não usar. O legado da Copa está preservado. Se não tivéssemos a Aena, não teríamos o futebol reoxigenado como agora”,

disse Rozenha ao Uol.

Um levantamento do Uol apontou que nove dos 12 estádios que foram sedes da Copa do Mundo de 2014 ainda não estão quitados e devem ao BNDES, responsável pelo financiamento das obras. A Arena da Amazônia é um deles.

Só uma já pagou completamente a conta: o Mineirão, em Belo Horizonte. O repasse foi de R$ 400 milhões. O banco não divulgou o valor que ainda resta, alegando sigilo bancário, e a secretaria do Amazonas não respondeu o questionamento.

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