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Terremoto

Número de mortos na Turquia e na Síria chega a mais de 5 mil

O número pode aumentar, à medida que continuam as operações de busca.

Reuters

O número de mortos após os tremores de terra que abalaram a Turquia e a Síria nesta segunda-feira (6) já é superior a 5 mil, segundo os últimos balanços dos dois governos. O número pode aumentar, à medida que continuam as operações de busca.

Segundo o último balanço do governo turco, o número de mortos no país ultrapassou 3,4 mil, havendo ainda mais de 20 mil feridos. De acordo com um funcionário da Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres, quase 6 mil edifícios ficaram destruídos.

Na vizinha Síria, os números divulgados pelas autoridades governamentais e por equipes de resgate em áreas rebeldes indicam pelo menos 1.602 mortos e mais de 3,5 mil feridos.

Um dos terremotos atingiu magnitude 7,8 na escala Richter. O Serviço Geológico dos Estados Unidos admite a possibilidade de o número de vítimas chegar a 10 mil.

As operações de resgate continuam, mesmo dificultadas pelas condições meteorológicas adversas. As equipes lutam contra o frio, a chuva e a neve para salvar as pessoas que estão entre os escombros. De acordo com Orhan Tatar, funcionário da Agência de Gestão de Desastres da Turquia, cerca de 8 mil pessoas foram resgatadas em dez províncias.

Cerca de 25 mil pessoas, incluindo militares, participam dos esforços de resgate, disse Tatar, acrescentando que foram destinados 12,1 milhões de euros em fundos urgentes para as dez províncias mais afetadas.

Ajuda internacional

A ajuda internacional começa a chegar nesta terça-feira à Turquia com equipes provenientes de vários países.

A União Europeia mobilizou grupos de busca e salvamento e pelo menos 13 Estados-membros ofereceram assistência. A RTP, agência de notícias de Portugal, apurou que foi enviado pelo país grupo de 52 pessoas para prestar apoio nas operações de resgate.

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, prometeu à Turquia “toda a ajuda necessária”. A Casa Branca anunciou que dois destacamentos norte-americanos e 79 equipes de resgate preparavam-se para seguir para a Turquia.

A China também anunciou o envio de US$ 5,9 milhões em ajuda, incluindo grupos especializados de resgate urbano, equipes médicas e equipamentos de emergência.

Na Síria, a ajuda chega sobretudo de seu aliado russo, que enviou quatro aviões com grupos de resgate. O Reino Unido e os EUA também se mostraram disponíveis a enviar ajuda à Síria, embora Washington tenha descartado negociar diretamente com o governo sírio. No total, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, diz que 45 países ofereceram ajuda.

O terremoto, de 7.8 na escala Richter, ocorreu a 33 quilômetros (km) da capital da província de Gaziantep, no Sudeste da Turquia, próximo da fronteira com a Síria, a uma profundidade de 17,9 km.

Poucas horas depois, um segundo sismo, de magnitude 7,6, foi sentido também no sudeste da Turquia.

Somente nessa segunda-feira foram registradas 185 réplicas do tremor. Durante a noite e a manhã de hoje, também foram notificados vários tremores secundários. O mais forte, de magnitude 5,5 na escala Richter, foi observado às 6h13, hora local.

O terremoto de ontem foi o maior registrado na Turquia desde o de 17 de agosto de 1999, que causou a morte de 17 mil pessoas, incluindo mil em Istambul.

O chefe de Estado turco declarou luto nacional por sete dias e o fechamento das escolas durante uma semana.

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