O mês dos namorados no Brasil é um bom momento para falar e celebrar o lado positivo dos relacionamentos e também fazer alertas sobre maus comportamentos. A atriz Marina Ruy Barbosa, como embaixadora de uma marca internacional, usou a campanha para refletir sobre o tema.
“Ainda temos um caminho longo a percorrer quando se trata de abuso contra a mulher. Eu sei que essa é uma causa de todas nós, urgente, mas eu espero que com meu alcance eu possa trazer mais informação, mais atenção para esse tema de combate à violência contra a mulher”,
disse a atriz,
Segundo a atriz, 67% da sua audiência no Instagram é de mulheres, mas que é preciso levar isso para todos, amigos e familiares.
“A nossa intenção é enfatizar esses sinais de atenção que nós mulheres temos que ter durante os relacionamentos.”
A campanha da Yves Saint Laurent Beauté lançou um site que oferece treinamento online e recursos educacionais para sobreviventes de relacionamentos abusivos e aqueles que procuram se tornar aliados na luta. Já o Instituto AzMina, parceiro na campanha, disponibiliza um app para compartilhar informações e um mapa com os serviços públicos de atendimento às sobreviventes de violência em todo o Brasil.
“As pessoas ainda não entenderam que a violência doméstica é um problema social e estrutural, não individual; e portanto, a responsabilidade no enfrentamento a ela é também social, coletiva e política”,
afirma a escritora e psicanalista Manuela Xavier, que também participou do evento.
“Hoje, embora tenhamos caminhado bastante no que diz respeito a visibilidade e garantia dos direitos das mulheres, ainda vivemos num Brasil machista e patriarcal que segue fechando os olhos para a realidade da violência doméstica.”
Consciência pela educação
Segundo Manuela, um passo importante para enfrentar a violência contra a mulher é a educação.
“É urgente uma política de educação que desconstrua a ideia de que meninas devem ser frágeis e obedientes e meninos devem ser fortes e viris é fundamental uma política que eduque a sociedade a reconhecer os sinais de abuso e violência, e garantias legais que empoderem mulheres a denunciarem seus companheiros; e sobretudo, uma revolução cultural que pense a igualdade entre os gêneros como uma medida que preserva a vida das mulheres.”
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