Brasília (DF) – A taxa básica de juros do Brasil, a Selic, subiu para 14,25% ao ano, atingindo o mesmo patamar registrado durante a crise política que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa em 1 ponto percentual e indicou que os próximos aumentos serão menores.
O que diz o Copom sobre a Selic e a inflação?
O Copom destacou que o cenário adverso para o controle da inflação e as incertezas econômicas justificam a alta da Selic. No comunicado, o Comitê afirmou:
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da alta incerteza e das defasagens derivadas do ciclo de juros em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.”
Se confirmada uma nova alta em maio, a Selic atingirá o maior patamar em quase 20 anos. O Copom também ressaltou que o ciclo de altas de juros dependerá da evolução da inflação, das expectativas do mercado e do cenário econômico global.
Impactos da Selic na economia brasileira
A alta da Selic tem efeitos diretos sobre:
Custos de empréstimos e financiamentos
Retorno de investimentos em renda fixa
Controle da inflação
Segundo analistas, a decisão do Copom reflete a preocupação com a dinâmica da inflação, especialmente em componentes sensíveis à política monetária e à atividade econômica.
Federal Reserve mantém juros nos EUA
No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas de juros americanas entre 4,25% e 4,5%. O banco central dos EUA também revisou suas projeções de inflação para 2,8% e reduziu a expectativa de crescimento econômico para 1,7%, citando incertezas ligadas às políticas econômicas do governo Biden.
Fernando Haddad e a reprovação recorde
Enquanto isso, a reprovação ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atingiu 58% em março, segundo pesquisa Genial/Quaest. Esse é o maior índice desde o início do governo Lula. A avaliação positiva caiu de 41% para apenas 10%, e 85% dos entrevistados consideram Haddad mais fraco do que no início da gestão.
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