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Contexto Econômico

Contexto Econômico: Trump, tarifas e desconfiança global

O recente recuo de Trump nas sobretaxas revelou mais do que tensão comercial: escancarou uma crise de confiança internacional.

Trump assusta o mundo e gera pânico nos mercados (Foto: Reprodução)
Nova taxa passa a valer a partir desta quarta-feira (9). Foto: Reprodução

EUA – Entre tweets e tarifaços, a política econômica dos Estados Unidos virou um espetáculo de improviso com impacto global. O recente recuo de Trump nas sobretaxas revelou mais do que tensão comercial: escancarou uma crise de confiança internacional. Nesta edição do Contexto Econômico, destrinchamos os efeitos do novo capítulo na guerra tarifária — da reaproximação da China com seus vizinhos ao baque nos mercados e à reação calculada da Europa.

Spoiler: o dólar pode até dançar conforme o humor do dia, mas a credibilidade, essa não volta fácil.

Tarifa com tempero chinês

Trump recuou no tarifaço, mas manteve a China como alvo principal. A trégua de 90 dias com outros parceiros comerciais revelou que o foco sempre foi o dragão asiático. A dúvida permanece: estratégia geopolítica ou manobra eleitoral disfarçada de diplomacia? O mercado reagiu com alívio, mas a confiança internacional sofreu danos permanentes.

Xi no xadrez tarifário

Apesar de chamar Xi Jinping de “amigo”, Trump elevou as tarifas sobre produtos chineses de 104% para 125%. Em resposta, Pequim se antecipou e buscou alianças com Japão e Coreia do Sul, consolidando sua posição como peça-chave em uma nova ordem global. Enquanto isso, os EUA se isolam ainda mais.

Europa na retaguarda, mas armada

A União Europeia suspendeu retaliações por 90 dias, mas deixou claro que pode retaliar produtos dos estados republicanos. A postura diplomática é elegante, mas cheia de tensão. O continente, antes aliado fiel, agora questiona a confiabilidade da potência ocidental.

Pânico nos mercados

O recuo de Trump foi motivado pelo pânico no mercado financeiro. O dólar caiu, o Ibovespa subiu, e investidores respiraram aliviados. Mas a confiança foi abalada. A euforia levou o índice a 127 mil pontos — e qualquer novo tweet pode apagar as luzes da festa. No fim, quem sofre são os periféricos no baile do dólar.

Política à la Trump

A mudança tarifária foi anunciada via tweet, enquanto investidores clamavam por previsibilidade e parlamentares buscavam explicações técnicas. No fim, tudo se resume à narrativa: o show continua, mas o custo é alto — com juros e instabilidade no roteiro.

Confiança implodida

O maior impacto do tarifaço foi simbólico. Analistas apontam que os EUA perderam credibilidade como parceiro comercial estável. Aliados históricos, CEOs de Wall Street, pequenos empresários e até eleitores republicanos agora compartilham o mesmo sentimento: desconfiança.

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