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Trump exclui computadores, smartphones e chips de tarifas da China 

Tarifas de 145% sobre produtos da China são suspensas para itens como smartphones, laptops e chips. Medida pode afetar a inflação e o crescimento econômico.

Iphone 16 Pro Max é exibido em loja da Apple em Xangai - HECTOR RETAMAL/Hector Rematal/AFP

O governo do presidente Donald Trump decidiu, na noite desta sexta-feira (11), excluir smartphones, computadores e outros eletrônicos das tarifas em vigor, que variam de 145% sobre importações da China e 10% sobre produtos de outros países. A decisão foi publicada pela US Customs and Border Protection, a alfândega americana.

Entre os itens excluídos das tarifas estão laptops, discos rígidos, processadores de computador e chips de memória, produtos em geral não fabricados nos Estados Unidos. A medida visa proteger os consumidores americanos de um aumento repentino nos preços e beneficiar empresas de tecnologia como Apple e Samsung.

Impacto da suspensão das tarifas: mais barato, mas temporário?

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, o alívio nas tarifas pode ser temporário. As tarifas dos produtos excluídos podem ser substituídas por alíquotas mais baixas em breve. Embora a decisão beneficie os consumidores e grandes empresas, a medida também pode ter efeitos negativos na economia a longo prazo, especialmente em relação à inflação.

O iPhone é um caso emblemático: um relatório da consultoria TechInsights indicou que, caso o iPhone fosse fabricado nos EUA, seu preço poderia chegar a US$ 3.500 (R$ 20,5 mil). No entanto, a produção ainda está na China, e os preços mais acessíveis continuam sendo uma vantagem para os consumidores americanos.

Aumento de preços e o risco de inflação nos EUA

O objetivo principal das tarifas impostas por Trump é trazer mais empregos e fábricas de volta aos EUA. A medida visa combater tarifas elevadas de outros países e incentivar a produção nacional. No entanto, economistas alertam que as tarifas podem levar ao aumento dos preços nos EUA, impactando diretamente o crescimento econômico.

O chefe do Fed de Nova York, John Williams, alertou que o tarifaço pode elevar a inflação nos EUA para até 4% neste ano, superando a meta do Federal Reserve de 2%. A desaceleração do crescimento também pode ser um reflexo do impacto das tarifas, com desemprego aumentando de 4,2% para entre 4,5% e 5%.

Impacto nas grandes empresas

Entre os produtos excluídos das tarifas estão também máquinas para fabricação de semicondutores, o que pode beneficiar empresas como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., que já anunciou novos investimentos nos EUA. Essa decisão pode ser vista como uma tentativa de fortalecer a indústria de chips no país, em meio ao aumento da demanda por tecnologia avançada.

Desde o início das tarifas, a Apple já tomou medidas para minimizar o impacto, fretando aviões cargueiros para transportar grandes quantidades de iPhones da Índia para os EUA, como parte de sua estratégia para contornar os custos elevados.

Reações ao impacto da guerra comercial

A guerra comercial de Trump contra a China e outros países tem gerado incertezas no mercado, conforme apontado pelo Financial Times. A decisão de moderar a abordagem ocorre após uma semana de turbulência nos mercados financeiros, com uma percepção crescente de incerteza por parte de consumidores e empresas.

(*) Com informações da Folha de S.Paulo

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