A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial da União, uma resolução que proíbe a fabricação, distribuição, manipulação, propaganda, comercialização e uso de todos os lotes do medicamento Metbala, produzido pela empresa FB Manipulação Ltda., de Mogi Guaçu (SP).

Segundo a agência, a decisão foi tomada porque o produto — uma bala do tipo gummy com tadalafila, indicada para tratar disfunção erétil — não possui qualquer tipo de registro ou autorização junto à Anvisa.

“Além disso, a empresa identificada não tem autorização da Anvisa para fabricar medicamentos”, informou a nota oficial.

Proibição vale para todos os canais de venda e divulgação

A medida se estende a qualquer pessoa física ou jurídica, incluindo veículos de comunicação e influenciadores digitais que promovam ou comercializem o produto.

“De acordo com a legislação, medicamentos só podem ser comercializados por farmácias e drogarias e precisam estar registrados na agência. O registro é a comprovação de que o produto possui eficácia, segurança e qualidade”, explicou a Anvisa.

Medicamento precisa de prescrição médica

No comunicado, a Anvisa reforça que a tadalafila é um medicamento sujeito à prescrição médica, sendo necessário avaliação clínica para seu uso seguro.

“Cuidado! A automedicação coloca sua vida em risco. Esses produtos não são inofensivos. Quem faz a propaganda de produtos irregulares também comete infração sanitária e está sujeito a penalidades, incluindo multas”, alerta a agência.

Divulgação por influenciador

Nas redes sociais, a bala Metbala vinha sendo divulgada pelo influenciador Jon Vlogs, que tem mais de 10 milhões de seguidores. Em publicação no X (antigo Twitter), ele chegou a afirmar que o produto era “100% legalizado e aprovado pela Anvisa” — o que é falso.

A Anvisa reforça que não há qualquer autorização ou registro vigente para o produto, e que campanhas de marketing enganoso podem gerar sanções legais.

Anvisa proíbe bala gummy de tadalafila usada para disfunção erétil — Foto: Reprodução/X

(*) Com informações do G1

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M.E