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Agropecuária

Sepror apoia Associação dos Criadores de Búfalos em Feira Agropecuária Nilton Lins

1º Encontro de Bubalinocultores do Amazonas, foi realizado durante VII Feira de Agronegócios da Nilton Lins

Fotos: Divulgação/ Sepror

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), participou do 1º Encontro de Bubalinocultores do estado, realizado neste sábado (12), dentro da programação da VII Feira de Agronegócios da Nilton Lins, situado na avenida Professor Nilton Lins, 3259, Parque das Laranjeiras, zona norte de Manaus.

Promovido pela Associação de Criadores de Búfalos do Amazonas (ACBA), com apoio do Governo do Amazonas, o evento reuniu mais de 20 criadores de búfalos dos municípios da bacia leiteira, como Autazes, Careiro da Várzea, Itacoatiara e Parintins.

As atividades iniciaram às 10 horas, com duas palestras sobre os temas “Elementos de Manejo Nutricional de Búfalas Leiteiras (a pasto)”, ministrada pelo Dr. Otávio Bernardes, renomado criador nacional; e outra sobre “Manejo Genético de Búfalos Leiteiros e/ou de Dupla Aptidão: Promebull Embrapa”, ministrado pelo Dr. José Ribamar Marques, da Embrapa Pará.

O secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, destacou o ineditismo do governo do estado ao apoiar os criadores de búfalos do Amazonas, e a iniciativa da ACBA ao realizar o primeiro encontro estadual dos criadores de búfalos.

“É perfeitamente possível a gente conciliar a pecuária no bioma amazônico se nós adotarmos tecnologias de produção que sejam sustentáveis. E este é o objetivo desse primeiro encontro. Unir, organizar cada vez mais a associação, fortalecê-la para que possa prestar serviços aos associados, trabalhar sistemas integrados de melhoramento genético, de manejo de sanidade animal, que os sistemas de produção que possam garantir alta produtividade e alta rentabilidade”,

disse Petrucio.

A presidente da ACBA, Jussara Haddad, disse que a realização do 1º Encontro de Bubalinocultores marca o ponto de partida para a divulgação do setor no Amazonas, disseminando informações a favor do búfalo, incentivando criadores e técnicos.

“No momento em que acontece a VII Feira de Agronegócios da Nilton Lins, ganhamos esta oportunidade de levar conhecimento sobre a bubalinocultura tanto aos criadores como à população em geral, graças ao apoio incondicional que recebemos deste homem de visão que é Nilton Lins Júnior, do secretário Petrucio Magalhães, e do presidente da FAEA, Muni Lourenço”,

destacou Jussara.

O criador Otávio Bernardes, produtor de Búfalos Leiteiros na região do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo (Sítio Paineiras da Ingaí), lembrou que já esteve no Amazonas na condição de convidado para participar do primeiro evento envolvendo produtores de búfalos, em 2015, contribuindo não apenas para o conhecimento, mas também para estimular os criadores locais em uma atividade que pratica há 48 anos.

“A continuidade da bubalinocultura aqui foi uma coisa que me impressionou bastante. O interesse é grande e eu acho que o Amazonas é um estado que tem tudo pra crescer. O búfalo é muito bem adaptado para essa região. O que faltava era organização, e com o encontro que se vê hoje, a partir desse embrião tem tudo para dar certo”,

afirmou Bernardes.

Ribamar Marques, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, de Belém (PA), onde coordena o trabalho de melhoramento genético de búfalos, disse que o desenvolvimento da bubalinocultura é uma questão que envolve o governo local, e se disse muito motivado ao ver que no Amazonas existe essa mobilização do governo estadual em conjunto com a associação de criadores para que haja um crescimento planejado no estado.

“Minha palestra foi mostrar e discutir com os produtores e técnicos um projeto que já é vitorioso no Pará, e a gente vê que no Amazonas pode ser bem promissor se idêntico ao Promebu, que é o manejo e o melhoramento genético visando a maior produção de leite e de carne. A gente percebe que tem um interesse e um entusiasmo grandes, e uma interação entre os associados e os técnicos, no sentido de cada vez mais aprimorar esse conhecimento, fatores que certamente farão a atividade deslanchar no estado”,

disse Ribamar.

Segundo o presidente da FAEA, Muni Lourenço, o encontro foi um sucesso absoluto, constituindo-se em novo momento de crescimento da bubalinocultura do Amazonas.

“Tivemos uma participação ampla de criadores de búfalos de vários municípios, muito atentos às palestras preciosas de duas figuras de renome nacional, o maior criador de búfalos do Brasil e um pesquisador e profundo conhecedor da bubalinocultura. Fica registrado nosso reconhecimento à iniciativa da ACBA e nossa satisfação de poder apoiar a mesma”,

disse Mini Lourenço.

Na parte da tarde foram debatidos planos de ações para o desenvolvimento da cadeia produtiva da bubalinocultura, visando melhores alternativas para o manejo de forma sustentável, nutrição e o melhoramento genético do rebanho, a fim de alavancar e garantir a qualidade do leite e de seus produtos derivados, e da carne que é consumida pela população em geral.

Fotos: Divulgação/ Sepror

Ao final, foi formado um grupo de trabalho constituído de representantes de criadores de búfalos de cada município, para definir novas datas e temas de encontros, como passos seguintes para colocar a bubalinocultura do Amazonas em destaque, inicialmente conscientizando todos os produtores quanto às boas práticas para criação dos animais, geração de excelentes reprodutores e adoção amplas de medidas de prevenção a eventuais doenças que possam vitimar os animais da raça, fazendo assim com que os rebanhos sejam reconhecidamente livres de problemas, proporcionando valorização no mercado e reconhecimento do consumidor.

O evento contou ainda com a presença do superintendente estadual do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Guilherme Pessoa; de técnicos da Sepror e suas vinculadas, Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf), e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), além de estudantes e o público interessado na melhoria da cadeia produtiva da bubalinocultura amazonense.

*Com informações da assessoria

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