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Violência no Brasil

Dados apontam queda em violência no Brasil, mas evidencia falta de segurança pública

Em 2022, o Brasil registrou 47.508 mortes violentas intencionais (MVI)

Foto: Divulgação

O Brasil é considerado um país violento, a população é obrigada a conviver com medo e com a sensação de que os criminosos gozam de impunidade. Apesar de termos imensa riqueza em belezas naturais, cidades turísticas e um grande potencial em desenvolvimento, não podemos esquecer que nossa falta de segurança pública deixa muito a desejar. No último ano, o Brasil registrou 47.508 mortes violentas intencionais, o menor número da última década.  A letalidade no país vem em tendência de queda desde 2018, com uma recente redução do ritmo.

As forças de segurança brasileiras enfrentam uma dura realidade diária num país que tem um dos piores índices de criminalidade no mundo. Para piorar, muitas leis parecem incentivar a criminalidade protegendo o criminoso. Em termos relativos, a taxa de mortalidade ficou em 23,4 por 100 mil habitantes, recuo de 2,4% em relação ao ano anterior. Os dados inéditos estão no 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na manhã da quinta-feira.

Na classificação do Fórum, mortes violentas intencionais são a soma dos casos de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e óbitos decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora.

Dados Brasil

Em 2022, o Brasil registrou 47.508 mortes violentas intencionais (MVI). Essa categoria foi criada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) que agrega as vítimas de homicídio doloso (incluindo feminicídios e policiais assassinados), roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e as mortes decorrentes de intervenções policiais.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número só é maior do observado em 2011, primeiro ano da série histórica monitorada pelo FBSP.

Anuário de Segurança: Amazonas

O Amazonas ocupa a terceira posição entre os estados mais violentos do país. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, divulgado na manhã desta quinta-feira (20).

De acordo com o Anuário, o Amazonas tem uma taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI) de 38,8 mortes por 100 mil pessoas. Os assassinatos intencionais são aqueles em que houve a intenção de matar.

Nessa lista de crimes estão homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, mortes de policiais e mortes decorrentes de intervenção policial.

Em números absolutos, o Amazonas registrou 1.531 mortes violentas em 2022. O dado representa uma queda de 9,3%, na comparação com o ano anterior, quando o estado registrou 1.672 mortes violentas.

Manaus

Manaus aparece na lista das 50 cidades mais violentas do país, com uma taxa de 53,4 mortes por 100 mil pessoas. A capital ocupa a 23º posição no ranking. Na última semana, um vigilante foi morto a tiros em uma doca do Manauara Shopping, zona centro-sul de Manaus.

Segundo a Polícia Militar, os criminosos chegaram em um carro Voyage Prata, de placa não identificada, e pediram informações do vigilante. Ao se aproximar do veículo, os criminosos atiraram na cabeça de Elias, que morreu na hora. Os criminosos fugiram do local sem serem identificados. De acordo com a PM, a arma do vigilante foi roubada pelos criminosos. Em nota, o Manauara Shopping lamentou a morte do trabalhador e disse estar à disposição para colaborar com as investigações.

“Lamentamos profundamente a morte do vigilante que prestava serviço para o shopping e informamos que, ao lado do Grupo GR, empresa de segurança contratada, prestaremos todo o apoio e suporte necessários à família do profissional. Estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações”.

Combate ao crime organizado

O Governo do Amazonas e o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) firmaram, nesta quinta-feira (20), um acordo de cooperação técnica para a implantação de uma equipe interprofissional voltada ao enfrentamento do crime organizado. A parceria será executada por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e do Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e Combate ao Crime Organizado (Caocrimo).

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