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Uso de ketamina

Entenda a ordem cronológica da ação que investiga a morte de Djidja Cardoso

Ao total, dez pessoas já foram presas desde quando iniciou a Operação Mandrágora

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) explicou, nesta segunda-feira (10), a ordem cronológica da ação que investiga os envolvidos na distribuição de ketamina, medicamento apontado como a causa da morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso.

De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1º DIP, a ordem cronológica dos fatos é a seguinte: Ademar Farias Cardoso Neto, 29 anos, irmão de Djidja, também preso na 1ª fase da ação, teve contato com a ketamina durante uma viagem a Londres. Ao retornar para Manaus, ele conheceu um casal que lhe apresentou o medicamento na forma em pó.

“A partir de então, ele e seus familiares começaram a fazer uma espécie de experimentação para descobrir qual seria a melhor forma de utilização, visando render mais aplicações e consumo. Foi assim que chegaram à forma de aplicação subcutânea, que permite a injeção do medicamento diretamente no tecido que fica abaixo da camada superficial da pele (a derme) e acima do tecido muscular”,

explicou o delegado.

Durante as diligências, foi possível identificar que Cleusimar (mãe de Djidja), além de usar a droga, começou a fazer uso de um livro chamado Cartas de Cristo e a realizar uma espécie de culto, onde faziam uma interpretação equivocada do livro. A partir de então, eles passaram a cooptar outras pessoas, principalmente, funcionários do salão de beleza de Cleusimar. No total, dez pessoas já foram presas desde o início da Operação Mandrágora.

“Em determinado momento, a família Cardoso enfrentou dificuldades para comprar o medicamento. Foi então que Bruno teve acesso ao Hatus (coach), pois este trabalhava com fisiculturismo. Eles viram nessa aproximação uma oportunidade de fazer uma ligação entre Hatus e as empresas veterinárias para obter a ketamina com maior facilidade. Nesse aspecto, todos acabaram se vinculando e entrando na seita religiosa, facilitando o acesso da família Cardoso às clínicas veterinárias”, esclareceu o delegado.

As investigações apontam que já havia sido feita uma alteração na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) da rede de salões de beleza da família Cardoso. Eles pretendiam abrir uma clínica veterinária para facilitar o acesso ao medicamento.

Na sexta-feira (7), foram presos: José Máximo Silva de Oliveira, de 45 anos, proprietário de uma clínica veterinária, e dois funcionários do local identificados como Emicley Araújo Freitas Júnior e Sávio Soares Pereira.

Todos foram submetidos a audiência de custódia e permanecerão à disposição da Justiça.

*Com informações da assessoria

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