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Atenção

Em cinco dias, nível do Rio Negro já desceu nove centímetros em Manaus

Em 2023, a cota nesse mesmo dia era de 27,89 metros

Foto: Divulgação/Secom

Manaus (AM) — O Porto de Manaus divulgou que desde o início do mês de julho até esta sexta-feira (5), o nível do Rio Negro já desceu nove centímetros, segundo a medição oficial. A situação preocupa as autoridades, e hoje o Governo do Amazonas decretou situação de emergência em 20 municípios por conta da seca dos rios.

No último dia 1º, o Rio Negro marcava 26,79 metros. No dia 2 de julho, o rio desceu um centímetro (26,78m); no dia 3, o nível era de 26,76 metros; no dia 4, o nível era 26,73; já neste dia 5, o nível chega a 26,70 metros.

Segundo o Governo do Amazonas, em anos anteriores, as cotas nesse mesmo dia eram de 27,89 metros (2023); 29,59 metros (2022) e 29,87 metros (2021).

Situação de emergência

O Governo do Amazonas instituiu, nesta sexta-feira (5), o Comitê de Enfrentamento à Estiagem e decretou situação de emergência em 20 municípios. O governador Wilson Lima assinou, também, um decreto de situação de Emergência Ambiental em 22 cidades do Sul do estado e Região Metropolitana de Manaus. As ações foram feitas em razão do período de vazante que já afeta o Amazonas.

O Decreto de Situação de Emergência alcança as cidades das Calhas do Juruá (Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari e Juruá), Purus (Pauini, Lábrea, Tapauá, Beruri, Canutama, Boca do Acre) e Alto Solimões (Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins), já afetadas pela vazante.

Já o Decreto de Situação de Emergência Ambiental abrange, no momento, 22 cidades da região Sul e da Região Metropolitana de Manaus. Durante a vigência do decreto fica proibida a prática de fogo, com o sem uso de técnicas de queima controlada nas seguintes cidades: Apuí; Novo Aripuanã; Manicoré; Humaitá; Canutama; Lábrea; Boca do Acre; Manaus; Iranduba; Novo Airão; Careiro da Várzea; Rio Preto da Eva; Itacoatiara; Presidente Figueiredo; Manacapuru; Careiro Castanho; Autazes; Silves; Itapiranga; e Manaquiri.

 “O Decreto de Emergência é importante para que se possa dar amparo legal aos municípios e que eles possam se mobilizar e que a gente possa também estabelecer essa relação e essa comunicação com o Governo Federal. É importante para que a gente tenha um guarda-chuva de legalidade para tomar as decisões e as ações que vamos tomar, para que essa ajuda possa chegar o mais breve possível”,

explicou o governador.

Ele destacou que o Estado tem trabalhado de forma preventiva desde o início do ano, seguindo um planejamento de medidas elaborado ainda em 2023, para que seja possível prestar assistência às populações afetadas de forma mais rápida.

“Nós nos antecipamos e a maioria das aquisições que iremos fazer, já houve processo licitatório. Lá no ano passado a gente trouxe esse aprendizado, por exemplo cesta básica, água e filtros, tudo isso já conta com processo licitatório”,

acrescentou Wilson Lima.

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