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Críticas

“Traficantes, grileiros e criminosos têm antena do Elon Musk”, diz Wilson Lima

A previsão era de atender 19 mil escolas, mas apenas três foram contempladas até hoje

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), em reunião com governadores da região Norte, no Cuiabá, nesta sexta-feira (16), fez um desabafo sobre os investimentos do bilionário Elon Musk na Amazônia Legal. 

De acordo com Wilson, desde a instalação das antenas até hoje, apenas três escolas públicas do estado do Amazonas receberam gratuitamente as antenas que são comercializadas por meio de representantes da empresa Starlink, pertencente ao bilionário sul-africano e que disponibiliza acesso à internet. 

“A internet que ele começou a colocar na Amazônia nunca esteve conectada às políticas públicas. Resultado: traficante, grileiro e criminosos têm a antena do Elon Musk, mas a comunidade mais simples, lá do interior, não tem acesso”,

afirmou. 

A Folha de S.Paulo mostrou que onze kits para internet da Starlink foram apreendidos em áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). 

Operações conjuntos do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal na floresta amazônica estão ocorrendo desde o começo do ano, com o objetivo de interromper as linhas de suprimento do garimpo ilegal, forçar a saída dos invasores e para inviabilizar a atividade da região. 

Amazônia Legal 

O governo de Jair Bolsonaro (PL), em parceria com o empresário americano Elon Musk, fundador das empresas de desenvolvimento de satélites, Starlink, e de fabricante de sistemas aeroespaciais, SpaceX, em maio de 2022, anunciou que levaria internet para 19 mil escolas brasileiras por meio da empresa Starlink. Na época, o governo Bolsonaro divulgou que a meta de conectar 100% das escolas públicas na região Norte até o final de 2022. No entanto, até hoje, mais de 5 mil escolas ainda estão sem internet na região, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 

Na época, Elon Musk veio ao Brasil pessoalmente para um encontro com representantes do setor público e privado para debater a ampliação da conectividade da Amazônia e ações para reforçar a preservação da floresta.

O evento, realizado no município de Porto Feliz, em São Paulo, contou com a presença do presidente da República da época, Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que explicou que a parceria entre as iniciativas pública e privada para levar internet às escolas iria contribuir com a meta do MCom de conectar 100% das unidades públicas de ensino da região Norte até o fim de 2022, além de levar acesso à internet para unidades de saúde, comunidades indígenas e locais remotos.

De acordo com o ex-presidente Bolsonaro, a passagem do empresário americano pelo Brasil iria contribuir com a impressões internacionais a respeito das ações de preservação da Amazônia desenvolvidas pelo governo federal.

“Nós vamos mostrar que a Amazônia é preservada. Lógico que existem os nichos de exploração de queimada e desmatamento irregular. Mas isso, a chegada dos satélites irá nos ajudar a preservar. Agora, precisamos também desenvolver aquela região, que é riquíssima em biodiversidade e em riquezas minerais”,

afirmou durante sua vinda ao Brasil.

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