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Caso Débora: família suspeita que ossos achados no local da morte da jovem sejam do bebê dela

Gil Romero, o pai e suspeito de matar a mãe e a criança, afirmou à polícia que jogou o corpo do bebê no rio, mas a família não acredita na versão.

(Divulgação)

Manaus – Partes de um crânio humano, aparentemente de um bebê, foram encontrados na manhã desta sexta-feira (3), no mesmo local em que o corpo da jovem Débora Alves foi achado, perto da Usina Termoelétrica do Mauá, na Zona Leste de Manaus.

Familiares da jovem, que tinha 18 anos e foi assassinada no dia 30 de julho de 2023, decidiram ir até o local para vasculhar e tentar descobrir algum indício de que o corpo do bebê que a menina estava esperando, pudesse estar no local.

“Saímos do cemitério ontem depois de homenagear a Débora e decidimos vir até onde o corpo dela foi encontrado, pois acreditamos que o corpo do Arthur esteja aqui nesse local. Ainda ontem localizamos um pedaço de osso e hoje recuperamos o que a gente acredita ser o crânio e um perito amigo da nossa advogada confirmou que a ossada é humana”, disse Rita de Cássia, tia de Débora

O suspeito de ter matado, gravado e queimado o corpo dela dentro de um tonel, Gil Romero, foi preso no estado do Pará e durante o depoimento, afirmou ter jogado o corpo da criança, o qual ele seria o pai, nas proximidades do porto de Careiro da Várzea. No entanto, a família não acredita na versão.

“Ninguém acredita que esse monstro tenha realmente jogado essa criança no meio de um rio, pelo fato de ter um lago aqui por trás e ele ainda teria tido o trabalho de sair de onde ele estava trabalhando para pegar uma catraia e jogar o corpinho do Arthur dentro do Rio Negro. Não vamos nos calar até que tudo seja esclarecido”, disse a tia da vítima.

O Departamento de Perícia Técnico Científica (DPTC) foi acionado para realizar os levantamentos iniciais sobre o material encontrado. Os ossos foram encaminhados para a sede do Instituto Médico Legal (IML), onde vão passar por exames que poderão dizer se o material é ou não de Arthur, filho de Débora.

Audiência com Gil Romero

A audiência de instrução da morte de Débora da Silva Alves, de 18 anos, foi marcada para o dia 7 de novembro às 8h30, no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, localizado no bairro São Francisco, Zona Sul de Manaus, onde a família vai ficar frente a frente com o assassino da grávida.

O que a Polícia Civil concluiu

  • Débora Alves, de 18 anos, foi assassinada na madrugada do dia 30 de julho de 2023, após sair para um encontro com Gil Romero Batista, de 41 anos, pai do filho que a Débora esperava no seu oitavo mês de gestação.
  • Gil estrangulou a grávida dentro de um carro dele modelo Honda e depois, na companhia do comparsa José Nilson Azevedo, ambos arrastaram Débora ainda viva e a colocaram dentro de um tonel para cozinhar o corpo da mulher com produtos inflamáveis.
  • O corpo de Débora foi encontrado no dia 3 de agosto, na área de mata próximo da usina em que Gil Romero trabalhava como vigilante. O homem então passou ser o principal suspeito do crime.
  • Após fugir para o estado do Pará, no dia 8 de agosto o suspeito foi preso no município de Curuá. Na sequência, o homem foi trazido para Manaus e o interrogatório começou. Gil confessou que matou Débora e após carbonizar o corpo, abriu o que restou da barriga dela para retirar o bebê e na versão dele, disse ter jogado a criança morta no Rio Negro ao pegar uma pequena embarcação no porto Ceasa.

Com a descoberta dos possíveis ossos de bebê, a Polícia Civil do Amazonas, por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), entra em campo novamente para averiguar detalhes se a criança foi realmente jogada no Rio Negro ou foi enterrado no local em que Débora foi morta.

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