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Poluição

Manaus completa uma semana ‘mergulhada’ em fumaça de queimadas

A qualidade do ar neste sábado é considerada péssima é vários pontos da capital

Divulgação

Manaus – A capital amazonense continua encoberta por fumaça de queimadas do interior do estado e também do Pará, há uma semana. Neste sábado (4), a qualidade do ar é considerada péssima em vários pontos da cidade, segundo pesquisadores.

O problema aparentemente havia sido amenizado com poucas chuvas que caíram em Manaus e também no interior do Amazonas, que durante o verão já contabiliza mais de 15 mil focos de incêndios, o que levou o Governo do Amazonas decretar emergência ambiental.

Segundo o “Selva”, sistema desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em quase todas as zonas da cidade, a qualidade do ar é péssima.

O aplicativo que considera que o ar é péssimo entre 125 a 160, mostrou que por volta das 1h30 da manhã, o índice chegou a 600 na Zona Sul da cidade e variou entre 200 e 400 na Zona Leste.

Veja o posicionamento do Governo do Amazonas:

O Governo do Amazonas informa que as partículas de fumaça intensificadas sobre Manaus, desde 26 de outubro, provém, sobretudo, de queimadas ocorridas no estado do Pará, que registrou de 26 de outubro até ontem (02/11), 5.234 focos e, em menor intensidade, na Região Metropolitana de Manaus, onde no mesmo período foram registrados 140 focos.

Apesar da intensificação da fumaça na capital, apenas 6 focos foram notificados pelo Inpe na Região Metropolitana de Manaus (RMM) na quinta-feira (02/11). Na mesma data, na mesma data, 746 focos foram registrados no estado vizinho. O fluxo de ventos tem trazido o material particulado em suspensão para a Região Metropolitana de Manaus (veja GIF) e encontrado dificuldades em se dispersar devido a ausência de chuvas e calor intenso, potencializados pelo El Niño severo deste ano.

Além do trabalho realizado desde o mês de março de 2023, em municípios do Sul do Amazonas, forças ambientais e de segurança pública do Estado têm reforçado as ações de combate e fiscalização na Região Metropolitana desde o dia 11 de outubro. Como resultado, os focos de calor na RMM caíram de 675 – registrados de 1º de outubro a 10 de outubro -, para 194 focos – registrados a partir do dia 11 até esta quinta (02/11). Pequenas formações de chuva sobre a região também têm ajudado na redução desses focos.

Na terça-feira (31/10), mais 250 servidores, entre bombeiros, policiais militares, analistas ambientais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e agentes do Batalhão Ambiental da PM-AM foram enviados para reforçar as ações em Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro Castanho e Autazes.

Outros 116 brigadistas do PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) continuam atuando nas ações de combate na Região Metropolitana.

O Estado ressalta ainda que, com a baixa precipitação, a massa de calor sobre Manaus deve continuar a interferir na qualidade do ar para os próximos dias, uma vez que partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições.

De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a estação chuvosa no Amazonas, em 2023, está prevista para iniciar no mês de dezembro, podendo ainda ser afetada pela continuidade do El Niño, reduzindo o desenvolvimento vertical de nuvens e os volumes de precipitação, o que pode resultar em um período de chuvas abaixo da climatologia da região

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