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COLUNA MAIS NEGÓCIOS - CRISTINA MONTE

Pesquisa foca no aproveitamento das fibras do ouriço da castanha para produção de bioplástico

Cientistas desenvolvem pesquisas e estudos compatíveis com essa cadeia produtiva

O levantamento anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o estado do Amazonas é o maior produtor de Castanha-do-Pará ou Castanha-do-Brasil, como também é conhecida. Segundo a pesquisa, mais de 14 mil toneladas do fruto foram aferidas em solo amazonense durante o ano de 2022, sendo o município de Humaitá o maior produtor da castanha. Com toda a importância econômica da castanheira para a sociobioeconomia da região, cientistas desenvolvem pesquisas e estudos compatíveis com essa cadeia produtiva. Uma dessas pesquisas, está relacionada à transformação das sobras do fruto em um bioplástico sustentável.

A pesquisa ‘Bioamazon’ foi criada em 2022 pela World-Transforming Technologies (WTT) e realizada em cooperação com instituições acadêmicas e parceiros. A coordenação do projeto é do professor Roger Hoel Bello, da Escola Superior de Tecnologia, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Outro integrante da equipe que monitora as potencialidades da Castanha-do-Pará, o professor da EST/UEA e pesquisador, Luiz Verçosa (foto), descreve o passo a passo do uso do ouriço na composição do produto final.

“O processo para a elaboração do compósito bioplástico, tem início na atividade de coleta e processamento da castanha, na comunidade que está vinculada ao projeto. Para a retirada do fruto, a castanha, é necessário abrir o ‘ouriço’ que acaba sendo a parte descartada. Após o descarte, esse material passa por um leve processo de limpeza e secagem para depois ser triturado em um moinho até ficar com a granulação compatível para ser transportado para a indústria, onde será moído e adicionado ao bioplástico e injetado para que seja conformado como produto final ou como componente de outro objeto”,

explica Verçosa, enfatizando que a iniciativa propõe a integração entre quatro setores: indústria, universidade, governo e a sociedade civil. Assim, segundo ele, será possível reverter o ganho financeiro às comunidades.

“Todo o material, o ouriço da castanha, era, até então, simplesmente descartado e deixado de lado, uma vez que a atividade já exercida pela comunidade era voltada para o fruto, a castanha. Como o projeto está promovendo uma melhoria tecnológica ao construir um galpão de armazenagem e secagem do material, que, somadas às aquisições de moinhos adequados ao processamento, dando suporte e consultoria para o manuseio e transporte, vejo que há também um ganho social a partir da possibilidade de desenvolvimento que trará maior liberdade de ação à comunidade”,

conta.

No momento, o projeto está em fase final da parte laboratorial. Nessa etapa, há a participação da EST/UEA com os pesquisadores. Em outra frente, as empresas Tutiplast e Compol recebem os testes de processamento do material e a elaboração dos produtos.

Em relação à aplicabilidade, o pesquisador diz que “é importante ressaltar que o projeto está desenvolvendo dois compósitos de matrizes diferentes: um constituído de bioplástico e outro de polipropileno-PP, ambos com o mesmo reforço da fibra do ouriço. A viabilidade no processo produtivo, custo de produção, fabricabilidade, adequabilidade e aceitação quanto à aparência e textura e resistência mecânica irão indicar a adequação do material à produção na indústria. A aplicação do produto é ampla, desde artefatos de uso diário até a produção de decks de áreas externas e pisos de casas”, finaliza.

Professor da EST/UEA e pesquisador, Luiz Verçosa, é integrante da equipe que monitora as potencialidades da Castanha-do-Pará Foto: Divulgação

Tecnologia torna setor de limpeza do Hospital Delphina Aziz mais eficiente

O Hospital Delphina Aziz implantou, há algum tempo, um sistema que reúne inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e redes privativas sem fio para operacionalizar serviços de limpeza e melhorar sua gestão. Isso representa economia de energia elétrica, água, mão de obra, dentre outros recursos. A solução foi desenvolvida pela startup Evolv em parceria com a Opy Health, que opera os serviços não clínicos do hospital.

A ferramenta dispõe de pequenos sensores de infravermelho e algoritmos que monitoram a quantidade de pessoas que circulam nos ambientes e banheiros. Com os dados, a gestão se torna muito mais eficiente e inteligente, pois, é possível, por exemplo, limpar apenas ambientes que precisam ser limpos, gerando economia de produtos, pessoal e demais insumos.

Do cheeseburguer ao panetone: conheça a novidade do Madero

Uma pesquisa desenvolvida pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) e Kantar – Divisão Worldpanel Brasil mostrou que, entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, os brasileiros consumiram nada menos do que 42,5 mil toneladas de panetone, o que fez a indústria do segmento faturar cerca de R$ 725 milhões.

Para engrossar ainda mais esses números, até o Grupo Madero, famoso pelo premiado cheeseburguer, entrou de cabeça na produção dos tais bolos e lançou uma edição limitada de panetones que se apresentam em latas especiais personalizadas, com um toque bem Madero de ser! Além dessa gostosura, quem for a uma das unidades da marca poderá saborear uma sobremesa composta por uma generosa fatia de panetone com gotas de chocolate, sorvete de baunilha e calda de chocolate. Adeus Santa Dieta!

RÁPIDAS & BOAS

Nos dias 3,4 e 5/12, acontece a 1ª edição do IFC Amazônia, que irá reunir os principais atores da cadeia produtiva de pescados dos estados e países da região amazônica. O evento será no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará (PA), e o credenciamento é gratuito. Basta proceder à inscrição pelo site (https://ifcamazonia.com.br/).

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O Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realiza, entre os dias 4 e 7/12, a XIV Semana Acadêmica com o tema ‘BioAMAZÔNIA 2023: Ciência, Educação, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia’. O objetivo do encontro é promover intercâmbio, integração e cooperação entre o ecossistema de educação local. A programação completa pode ser conferida pelo link (https://doity.com.br/bioamazonia).

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A Plataforma Sitawi, especializada em empréstimo coletivo, está disponibilizando chamada para negócios de impacto da Amazônia que estejam buscando ampliar  a atuação por meio de captação de recursos. A oportunidade vai até a quinta-feira (7/12). Outras informações podem ser obtidas através do endereço eletrônico (https://encurtador.com.br/tDFI1).

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Grupo Boticário está com inscrições abertas para a 4ª edição do Desenvolve, programa de formação e inclusão de talentos em tecnologia, que oferece cursos de capacitação gratuitos e on-line para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Os interessados devem se candidatar até a sexta-feira (8/12) pelo site (https://desenvolve.grupoboticario.com.br/).

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