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glossofobia

Sobre as diversas causas do medo de falar em público

Pesquisas brasileiras e internacionais indicam que este medo está entre os maiores medos da humanidade

A glossofobia é um termo grego que tem em si, um significado de associação, ao medo ou pavor de falar em público, e este medo é muito mais comum do que podemos imaginar. Suor excessivo, náusea, tonteiras, tremor, boca seca, dificuldade de respirar, tensão muscular, aceleração dos batimentos cardíacos são alguns dos sintomas que tornam a vida de quem possui medo de falar em público um grande peso.

Pesquisas brasileiras e internacionais indicam que este medo está entre os maiores medos da humanidade. De todo modo, vencer o medo de falar em público perpassa pela necessidade de conhecer suas causas. Cabe, individualmente uma autoanálise e reflexão sobre qual ou quais as raízes do problema.

  • Reflexões a respeito do passado

Episódios da infância, adolescência ou vida adulta em que fomos tolidos ou corrigidos de forma vexatória ao expressar opiniões, realizar leituras, posicionamentos em reuniões de família, apresentações em sala de aula ou defesas em eventos acadêmicos, podem gerar traumas paralisantes capazes de bloquear alguns indivíduos. Ideias de incapacidade podem surgir destes episódios como crenças, que se organizam através das experiências e vão-se enraizando e instalam-se como verdades.

  • Preocupação excessiva com o que os outros pensam

É absolutamente compreensível que ao realizar um trabalho ou cumprir um papel, esperemos contar com a aprovação das pessoas envolvidas. A necessidade de agradar é inerente à natureza humana, porém, ela não pode estar acima de nossa capacidade de nos arriscar ao aprendizado.  Acontece que para algumas pessoas, o receio de não ser irrepreensível, “perfeito” em uma apresentação oral, o excesso de vaidade e a incapacidade de lidar com eventuais críticas à sua performance, são maiores do que a coragem de tentar.

  • Falta de preparação

Qualquer que seja o contexto de uma defesa oral: seminário, reuniões, treinamento, trabalhos de conclusão de curso, dentre outras, o estudo do tema e organização das ideias são imprescindíveis. Existe um bastidor por trás de toda apresentação de impacto que demanda domínio do assunto e treino e em alguns casos, utilização de recursos de apoio como slides, banner, lousa, cartazes e etc. É necessário compreender que o momento da defesa oral é apenas uma das etapas do processo e que é também neste preparo, que antecede este momento, que reside a geração da confiança e a sensação de estar pronto para enfrentar a plateia.

  • Falta de coragem de tentar coisas novas

Viver contextos desconhecidos, acaba por gerar, em muitos de nós, o tão comum desconforto. É compreensível perceber alunos e profissionais temerosos e tensos frente ao desafio de falar em público. A inexperiência com este contexto de estar diante de uma plateia, de estar em posição de destaque e ter todos os olhares e julgamento vindo em nossa direção é mesmo desafiante. Diante disto, é importante considerar que a vivência, a prática e o enfrentamento desta situação são indispensáveis para lidar com este medo.

  • Falta de encorajamento vindo dos outros

Muito do que acreditamos ser é fruto do que as pessoas nos dizem. Ainda que inconscientemente, os posicionamentos e opiniões de terceiros a nosso respeito também influenciam o que vamos criando como crenças e verdades sobre nós. Por isto mesmo, estar rodeado de pessoas que nos desestimulam, nos intimidam, constrangem ou desencorajam pode impactar nossa autoestima e capacidade de enfrentar desafios.

Por Joziane Mendes – Coordenadora e Docente Universitária. Administradora. Especialista em Gestão de Pessoas com expertise em Comunicação, conflitos, oratória e carreira.

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