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Bahia x JC: técnico do time de Itacoatiara é preso após acusação de racismo

Hugo Duarte foi preso em flagrante acusado de chamar a atleta Suelen, do Bahia, de "macaca" durante a comemoração do acesso do time nordestino

Foto: Reprodução

O técnico do JC de Itacoatiara, Hugo Duarte, foi preso, na noite desta segunda-feira (8), após ser acusado de proferir ofensas racistas à jogadora Suelen, do Bahia, durante a comemoração do acesso baiano. O Tricolor garantiu vaga na elite com o empate em 0 a 0, em Salvador; na ida, em Itacoatiara (distante 175 quilômetros de Manaus), o Bahia venceu por 3 a 0.

O treinador português foi conduzido à Central de Flagrantes da 1ª Delegacia para realização de boletim de ocorrência. Suelen, jogadoras que presenciaram a cena, Vitor Ferraz, o diretor de Operações e Relações Institucionais do Bahia e o advogado criminalista que assessora o clube também se dirigiram para o local.

Suelen, zagueira do Tricolor, declara que foi chamada de macaca pelo técnico da equipe amazonense. Após a ofensa, uma confusão se instaurou no campo e a Polícia Militar foi acionada.

O caso foi relatado na súmula da partida pela árbitra Jady Jesus. Entretanto, a arbitragem não presenciou as acusações. Em nota, a equipe do JC declarou que repudia atos racistas. 

“O JC Futebol Clube AM repudia qualquer ato de racismo ou injúria racial contra qualquer pessoa. Nesta segunda-feira (8), o clube estava em jogo contra o Bahia, pelo Campeonato Brasileiro Feminino Série A2, e houve um ocorrido envolvendo o treinador do JC e uma atleta do clube Bahia onde ambos foram ouvidos. O Clube, juntamente com seu jurídico, está averiguando todas as informações necessárias dos acontecimentos ali presenciados para realizar os procedimentos. No mais, ratificamos que este clube é contra qualquer tipo de preconceito”, diz trecho da nota do clube de Itacoatiara publicada nas redes sociais.

Em publicação em sua conta no Instagram, Suelen relata que Hugo a chamou de “macaca”. O ato teria desencadeado uma confusão generalizada no campo, que foi flagrada pelas câmeras da TV Bahêa, no YouTube.

“A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista”, escreveu a atleta, nas redes sociais.

*Com informações de Terra e Itatiaia

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