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Com a Palavra

“A turma está com saudade do Lula, eu creio que ele voltará”, afirma Sinésio Campos

Líder do PT na região e presidente da CPI da Amazonas Energia, ele conversou com o Em Tempo sobre a Zona Franca, eleições e muito mais!

Nesta edição do “Com a Palavra”, a equipe do Em Tempo entrevistou o deputado Estadual Sinésio Campos (PT). Durante a conversa, o presidente estadual do partido dos trabalhadores pontuou suas principais ações como membro da Assembleia Legislativa do Amazonas e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas energia. 

Sinésio da Silva Campos, nasceu em Santarém, Pará. Formado em Filosofia pela Universidade Federal do Amazonas e pós-graduado em Ciências Políticas e Ética na Universidade de Pernambuco. É professor da rede municipal e estadual de ensino, cargo adquirido por concurso público. 

O deputado Sinésio Campos tem na participação em Comissões da Assembléia Legislativa uma prioridade do seu mandato. As comissões dedicam-se ao desenvolvimento de polícitas públicas, emitem pareceres de projetos de lei e fazem uma análise minuciosa dos principais temas que abordam interesses estratégicos da sociedade

Gostaríamos que o senhor comentasse sobre o assunto da semana, que é o decreto envolvendo a Zona Franca de Manaus. Na sua opinião, essa situação conseguirá ser revertida? 

“Onde que tem mais voto? São Paulo ou Amazonas? O sudeste ou o norte? Eu vejo que isso é mais uma orquestração política e um golpe para o Estado. É bom que se diga que a Zona Franca de Manaus, leva o nome de Manaus, mas tem área de livre comércio em Macapá, Santana, Rio Branco, Roraima, Rondônia. Essa medida atinge de morte a área mais preservada do Brasil, uma das poucas do mundo. 

Vejo que têm duas questões: uma econômica, que é uma política econômica pensada com uma cabeça baseada nos Estados Unidos, e a outra é de deixar a população desassistida. Quando se tira o incentivo, o governo  federal deveria disponibilizar caminhos, para outras alternativas, então hoje Manaus não tem outra alternativa de geração de milhares de empregos, que é a Zona Franca de Manaus”. 

O senhor está na posição de presidente da CPI que investiga a Amazonas Energia, inclusive instituindo a CPI Itinerante para que a reclamação de dezenas de municípios do interior sejam ouvidos. Como tem sido esse trabalho e quais serão as futuras ações?

“Estamos denunciando desde o ano passado, quando eu apresentei o pedido de CPI da Amazonas, referente a taxa de iluminação pública, que em Manaus se paga alto e se encontra muitas ruas sem iluminação. No interior do Estado existe ainda o encontro de contas, onde a taxa de iluminação pública paga pela população, é usada para pagar a conta da prefeitura. 

Outro ponto, era o cidadão que furtava energia, colocaram medidor até medidores aéreos, que a justiça proibiu, que só foi instalado em São Cristóvão no Rio de Janeiro, onde a milícia não deixa os trabalhadores fazerem a medição. É necessário fazer isso no Parque 10? Óbvio que não.   

O que aconteceu? Nós identificamos junto ao Ipem, mais de 30 medidores onde quem estava roubando era a própria Amazonas Energia. Pararam com a propaganda de acabar com “os gatos”, porque eles eram os primeiros a fazer”.  

O popular Esdras Santos pergunta: O PT supera o Bolsonaro no Amazonas? 

“Não tenho dúvida. Manaus e Manacapuru foram os dois municípios que o Haddad perdeu, porque praticamente ninguém o conhecia. Se fosse o presidente Lula, caso não tivesse acontecido a injustiça de sua prisão. Hoje estamos colocando no jogo o nosso melhor jogador.     

O presidente Lula toda as vezes que veio aqui, veio trazer novidades, como  investimentos para a ponte Rio Negro, conjuntos abtacionais, Arena da Amazônia. Foi no governo do PT que foi construído o Samu, a manutenção dos programas sociais, como bolsa família, Prouni, tem um leque de possibilidades, além da democratização. 

Eu vejo que o Brasil não pode correr o risco é a nossa nova e frágil democracia. Quando não tem democracia vem a truculência, a violência. A turma tá com saudade do Lula, eu creio que ele voltará não só para falar o que foi feito no passado, mas o anúncio de forma diferenciada. Estou defendendo  um programa de governo do presidente Lula que leve em consideração a Amazônia de forma diferenciada. 

Na nossa região, somos 9 estados da Amazônia Brasileira e 9 países que fazem fronteira com a Amazônia. Qual o plano estratégico de segurança nacional que temos? O narcotráfico está  nas áreas de fronteira, o contrabando de minério está acontecendo, as populações tradicionais sendo dizimadas. O Brasil está desgovernado, por isso vejo que Lula não está trabalhando com a exclusão de ninguém, está conversando com todo mundo. É preciso ter um pacto nacional, onde seja um Brasil para todos”. 

O popular Marino Ferreira pergunta: O senhor já teve vários mandatos, já pensou em ser prefeito? 

Não só pensei, como nas últimas eleições coloquei meu nome para a disputa interna do partido, entretanto teve uma decisão nacional que escolheu um outro candidato, mas creio que esse sonho ainda será realizado”.  

Na sua trajetória parlamentar, o que o senhor pode destacar de leis? 

A lei de saneamento básico, que é de minha autoria, onde não se pode fazer nenhum tipo de investimentos, onde não tenha no bojo do projeto, uma rede de drenagem de saneamento. Não é somente você meter o asfalto, é preciso ter drenagem. 

Outro, foi a quebra do monopólio do gás, onde se dá oportunidade de ter postos de combustível de atendimento aos veículos. Com a quebra do monopólio, hoje grande parte da produção vai pra Roraima. Hoje outras empresas podem fazer investimentos para que possamos fomentar o desenvolvimento da região.   

Tem também a questão da exploração mineral do nosso Estado. Foi preciso uma guerra na Ucrânia para saber o que eu sempre falava, que o fertilizante mais necessário para a agricultura, proveniente do potássio vem  Ucrânia, Rússia e Canadá. 20 anos eu vinha falando isso, e agora se acompanha pela mídia o projeto em Autazes, Nova Olinda, Itapiranga, vai sair do papel.  

Poucos políticos têm projetos onde você se colhe os resultados 20, ou 30 anos depois, e foi o que eu fiz”

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