O Vaticano divulgou novas regras afirmando que homens gays não podem ser rejeitados nos seminários apenas por sua orientação sexual, mas devem, como os demais, manter o celibato.
A orientação é que os dirigentes considerem a homossexualidade apenas como um aspecto da personalidade do candidato a padre.
A regra não muda o entendimento da Igreja Católica de que “tendências homossexuais” são uma “desordem”, mas deixa de colocar a orientação sexual como um critério eliminatório para os seminaristas.
As regras, adotadas na Conferência de Bispos da Itália e aprovadas pelo Vaticano, entraram em vigor esta semana e devem valer por três anos em período de teste.
Ao jornal The New York Times, o reverendo James Martin, que defende que Igreja Católica acolha a população LGBTQI+, disse que, em sua leitura, a regra mostra que “se um homem gay é capaz de levar uma vida emocional saudável, casta e celibatária, ele pode ser admitido no seminário”.
Em maio do ano passado, o Papa Francisco chegou a pedir desculpas publicamente por uma fala homofóbica. Ao recomendar que os bispos não acolhessem pessoas homossexuais nos seminários, Francisco havia dito que já havia ‘bichice’ demais na igreja”.
Na ocasião, o Papa havia reafirmado a proibição para homens gays entrassem em seminários e fossem ordenados padres. O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse que “o papa nunca teve a intenção de ofender ou de se expressar em termos homofóbicos”.
Em julho de 2013, em visita ao Brasil, o Papa reafirmou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um ato pecaminoso, mas ponderou que, “se uma pessoa é gay e busca a Deus, quem ou eu para julgá-la.”
*Com informações do SBT News
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