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Início » Economia » “Valorizar a floresta é chave para o desenvolvimento”, diz Nelson Azevedo

Papo econômico

“Valorizar a floresta é chave para o desenvolvimento”, diz Nelson Azevedo

Ao Em Tempo, o vice-presidente da Fieam destaca planejamento estratégico e políticas públicas que valorizem a floresta como prioridades para 2025
Por EM TEMPO
Publicado em 21 de janeiro de 2025
Foto: Nelson Azevedo

Colaboração: Juscelino Taketomi

Ao Em Tempo, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, diz que a maior prioridade para a Amazônia em 2025 é antecipar-se às crises por meio de planejamento estratégico e políticas públicas que valorizem a floresta como ativo econômico, social e ambiental. 

Entre os desafios destacados estão a crise climática, a desigualdade social e a falta de visão de longo prazo na gestão econômica. Conforme Nelson Azevedo, para superá-los, é necessário alinhar interesses políticos, modernizar a Zona Franca de Manaus (ZFM), qualificar a mão de obra local e fomentar inovações tecnológicas que agreguem valor à biodiversidade. 

A bioeconomia surge como eixo central do desenvolvimento sustentável, com potencial para liderar mercados globais de bioprodutos.

EM TEMPO — Qual é a maior prioridade para a Amazônia em 2025?

Nelson Azevedo — A prioridade absoluta é antecipar-se às crises, adotando estratégias claras que transformem os desafios climáticos, sociais e econômicos em oportunidades concretas.

Isso significa investir em planejamento estratégico para o uso sustentável dos recursos naturais e criar políticas públicas robustas que valorizem a floresta em pé como ativo econômico, social e ambiental.

ET — Como o senhor avalia o papel da bioeconomia no desenvolvimento da região?

Nelson Azevedo — A bioeconomia é o eixo central de qualquer modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia. Com a biodiversidade única que temos, podemos liderar o mercado global de bioprodutos, medicamentos, cosméticos e alimentos sustentáveis, gerando riqueza para as comunidades locais sem comprometer o equilíbrio ambiental.

No entanto, é crucial criar uma infraestrutura adequada e garantir investimentos em ciência e tecnologia para viabilizar esse potencial.

ET — A crise climática será um dos maiores desafios para a Amazônia?

Nelson Azevedo — Sim, e seus impactos já são visíveis. O aumento de secas extremas e a intensificação de chuvas descontroladas afetam diretamente os modos de vida das populações e a economia da região. Para enfrentar isso, precisamos de políticas de mitigação, como o combate ao desmatamento, e de adaptação, que envolvam ações como gestão sustentável dos recursos hídricos e desenvolvimento de economias resilientes.

ET — O que falta para o Amazonas aproveitar melhor suas riquezas naturais?

Nelson Azevedo — Falta um alinhamento político e estratégico para que a riqueza gerada na região beneficie diretamente seus habitantes. Isso inclui priorizar investimentos em infraestrutura logística, inovação tecnológica e políticas públicas que deem suporte às indústrias locais, especialmente aquelas vinculadas à bioeconomia.

Não podemos continuar dependendo de modelos exógenos que não valorizam adequadamente o potencial da nossa biodiversidade.

ET — Qual a importância de capacitar a mão de obra na região?

Nelson Azevedo — É impossível falar em desenvolvimento sustentável sem uma força de trabalho qualificada. A capacitação técnica e científica é essencial para que a população local esteja preparada para operar em setores de alta tecnologia e na gestão de recursos naturais. Sem isso, continuaremos a ver talentos migrando para outras regiões e a exploração dos nossos recursos sendo feita por empresas de fora.

ET — Como a Zona Franca de Manaus pode se alinhar ao desenvolvimento sustentável?

Nelson Azevedo — Zona Franca tem um papel estratégico, mas precisa se modernizar para alinhar-se às demandas globais de sustentabilidade. Isso significa investir em tecnologia limpa, fomentar indústrias de baixo impacto ambiental e criar sinergias com a bioeconomia.

A Zona Franca pode ser um catalisador de inovação, conectando a Amazônia ao mercado global de soluções verdes.

ET — Qual é o maior erro na gestão econômica do Amazonas hoje?

Nelson Azevedo — O maior erro é a falta de visão de longo prazo. Muitas decisões são tomadas com base em interesses imediatos, sem considerar os impactos futuros para a economia e o meio ambiente. Além disso, há uma subutilização do potencial econômico da biodiversidade, que poderia gerar riquezas sustentáveis e diversificar a economia local.

ET — O senhor acredita que a Amazônia pode liderar a transição energética?

Nelson Azevedo — Sem dúvida. Temos um potencial imenso em fontes renováveis, como energia solar, eólica e biomassa, além de um papel fundamental na regulação climática global. Para liderar a transição energética, precisamos de políticas que incentivem a instalação de projetos sustentáveis e atraiam investimentos de empresas interessadas em energia limpa.

ET — Que tipo de inovação tecnológica o senhor considera urgente na região?

Nelson Azevedo — Precisamos de tecnologias que agreguem valor à nossa biodiversidade, como biotecnologia e inteligência artificial para catalogar e explorar os recursos da floresta de forma sustentável.

Também é urgente implementar soluções tecnológicas para melhorar a logística, o acesso à educação e a comunicação nas áreas mais remotas.

ET — Como transformar desafios em oportunidades no cenário atual?

Nelson Azevedo — A transformação exige uma mudança de mentalidade. Em vez de encararmos os desafios como barreiras, precisamos vê-los como estímulos para a inovação e a cooperação.

A criação de parcerias entre governos, setor privado e comunidades locais é essencial, assim como o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem o empreendedorismo e a sustentabilidade.

ET — O que a sociedade brasileira precisa entender sobre a Amazônia?

Nelson Azevedo — A sociedade precisa enxergar a Amazônia como o coração do Brasil, responsável por regular o clima, gerar recursos e preservar nossa identidade cultural.

Além disso, deve entender que investir na Amazônia não é apenas uma questão ambiental, mas também uma oportunidade econômica com impacto positivo para todo o país.

ET — O Amazonas sofre com desigualdade social. Como mudar isso?

Nelson Azevedo — A desigualdade só será enfrentada com investimentos sólidos em educação, saúde e infraestrutura básica. É preciso garantir que os recursos naturais e econômicos gerados no estado sejam revertidos em benefícios para a população local, promovendo inclusão e oportunidades.

ET — O senhor vê potencial para diversificação das indústrias na direção da bioeconomia no Estado?

Nelson Azevedo — Sim, e esse potencial é imenso. Nossa biodiversidade é um ativo valioso que pode ser transformado em produtos de alta tecnologia e valor agregado. No entanto, precisamos de políticas que incentivem a criação dessas indústrias e conectem os produtores locais aos mercados globais.

ET — Quais são os principais obstáculos para a implementação dessas indústrias?

Nelson Azevedo — Os maiores obstáculos são a burocracia excessiva, a falta de financiamento acessível e a ausência de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da bioeconomia. Além disso, é preciso superar desafios logísticos e melhorar a infraestrutura da região.

ET — Qual será o papel do Governo Federal no futuro da Amazônia?

Nelson Azevedo — O Governo Federal tem o papel de liderar com políticas claras e coerentes, assegurando que os recursos da região sejam utilizados de maneira sustentável e revertidos em benefícios para a população local. Também deve buscar parcerias internacionais para financiar ações de preservação e desenvolvimento.

ET — Que setores econômicos precisam ser priorizados no Amazonas?

Nelson Azevedo — Os setores prioritários são a bioeconomia, o turismo sustentável, a ciência e a tecnologia, além da infraestrutura que conecte o Amazonas ao restante do Brasil e ao mercado internacional.

ET — Como o senhor avalia o papel da sociedade civil no desenvolvimento da região?

Nelson Azevedo — A sociedade civil é um agente fundamental de mudança. Ela tem o poder de pressionar por políticas públicas mais eficazes, monitorar as ações do governo e fomentar uma cultura de responsabilidade ambiental e social.

ET — Há espaço para o setor privado liderar transformações na Amazônia?

Nelson Azevedo — Sem dúvida, especialmente em parceria com governos e organizações locais. Empresas comprometidas com a sustentabilidade podem atuar como catalisadoras de desenvolvimento, trazendo inovação, investimentos e geração de empregos para a região.

ET — O que o senhor aconselha, de um modo geral, para o Brasil sobre a Amazônia em 2025?

Nelson Azevedo — A Amazônia é uma oportunidade única para o Brasil liderar a economia verde global. O momento de investir é agora. Cada decisão tomada em prol da floresta e de suas comunidades será decisiva para o nosso futuro como nação.

Quanto a Amazônia, o futuro dela depende de nós. Precisamos acreditar no nosso potencial, trabalhar juntos e exigir que as riquezas da região sejam transformadas em progresso real para quem vive aqui.

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Tags: Economia do Amazonas, FIEAM, Manaus

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