O Polo Industrial de Manaus (PIM) está se antecipando aos desafios da estiagem prevista para 2025, buscando evitar os prejuízos socioeconômicos observados em anos anteriores.
A estratégia principal é o planejamento antecipado, com base nas lições aprendidas durante a seca de 2024, que, apesar dos desafios, resultou em um faturamento recorde acima de R$ 200 bilhões.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e representantes do Grupo Chibatão se reuniram nessa semana para alinhar expectativas, compartilhar informações e elaborar um plano estratégico com ações táticas e operacionais para enfrentar a estiagem de 2025.
O encontro teve como foco a antecipação das ações, considerando a tendência de antecipação dos períodos de seca, conforme destacou o analista do Grupo Chibatão, Marcelo Tavares.
“Em 2023, a estiagem começou em outubro. Em 2024, ocorreu já em setembro. Se essa tendência continuar, podemos esperar que, em 2025, a seca comece em agosto. Por isso, é essencial que nos antecipemos e elaboremos um plano estratégico com todos os cenários externos possíveis, para que internamente possamos fazer o desdobramento e planejamento das ações a nível tático e operacional”.
A experiência de 2024, quando ações preventivas como a antecipação da compra de insumos e a instalação de um porto flutuante em Itacoatiara evitaram interrupções na circulação de cargas, serviu de aprendizado crucial.
A Suframa pretende manter e aprimorar a estratégia de 2024, que incluiu a criação de um comitê interinstitucional de enfrentamento com participação de órgãos estaduais, federais e da iniciativa privada.
O superintendente-adjunto Executivo da Suframa, Frederico Aguiar, ressaltou o papel da Autarquia na implementação de medidas preventivas.
“A Suframa poderá atuar em dois eixos principais: em articulação de ações com os demais órgãos federais, e recebendo informações diretamente com a indústria local. Durante as visitas que realizamos às fábricas, percebemos que já há a formação de uma cultura cada vez mais proativa, com a antecipação da compra de insumos para evitar desabastecimento e interrupções de produção, como as que ocorreram em 2023. O trabalho colaborativo é uma das lições aprendidas que deve ser repetido para mitigar os impactos econômicos e garantir a continuidade das operações logísticas e industriais no estado do Amazonas”.
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Previsão
Seguindo a mesma linha de 2024, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio-AM) emitiu um alerta aos empresários, recomendando a antecipação das compras e o reforço dos estoques, com base em dados da Defesa Civil do Amazonas que preveem uma seca intensa em 2025, com impactos semelhantes aos anos anteriores e elevação nos custos de fretes.
Apesar da previsão de chuvas mais intensas no primeiro trimestre de 2025 em algumas áreas da Amazônia, a preocupação com a seca persiste, especialmente em relação aos impactos no transporte e nos custos das mercadorias.
Em 2024, os impactos climáticos geraram custos que ultrapassaram R$ 3,2 bilhões no estado, incluindo gastos extras com logística, obras emergenciais e manutenção de estoques reforçados. “Planejar agora é o melhor caminho para reduzir riscos e proteger seu negócio”, destaca Aderson Frota, presidente da Fecomércio-AM.
*Com informações da assessoria
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